terça-feira, 30 de abril de 2013

Bem no Rim pede Oferta Milionária!


BENNY HINN PEDE US$ 2,5 MILHÕES A FIÉIS PARA QUITAR DÍVIDAS E AFIRMA QUE “OFERTAS RETORNARÃO DUPLICADAS”

benny-Hinn-headline-640x398O controverso evangelista Benny Hinn, um dos principais líderes neopentecostais adeptos da teologia da prosperidade, usou o site oficial de seu ministério para pedir US$ 2,5 milhões aos seus seguidores.
Segundo Hinn, “um amigo amado e de longa data” se dirigiu a ele dizendo que “Deus gostaria que seu ministério ficasse completamente livre de dívidas”, e que isso o teria levado a doar US$ 2,5 milhões, se os seguidores do evangelista igualassem o valor em 90 dias, o que daria no total, US$ 5 milhões.
“O que eu poderia dizer? Imediatamente eu vi a mão de Deus nisso. Nosso Senhor poderia simplesmente ter usado o nosso amigo para plantar a semente e ser abençoado imensamente por isso. Mas é tão evidente que Deus quer oferecer um milagre ainda maior do que os US$ 2,5 milhões. Ele deseja que os nossos parceiros e amigos de ministério sejam abençoados como este homem precioso de Deus, plantando uma semente muito maior para a obra do Senhor, e, ao fazê-lo, dobrando as bênçãos”, escreveu Hinn.
O evangelista ainda afirma que as doações de seus seguidores poderão se transformar em bênçãos financeiras dobradas, e resultar no fim de contas atradas.
“Imagine ir até a caixa de correio sem temer, sem contas se acumulando em seu balcão, e sem ligações de cobradores na sua casa. Deus quer limpar a sua dívida! Cada pedacinho dela… e nos próximos 90 dias! Esta é uma hora marcada. Imaginem: seus US$ 100 doados imediatamente dobram para US$ 200. Sua semente de US$ 500 torna-se literalmente US$ 1.000. Se Deus te leva a plantar 10 mil dólares, ele cresce instantaneamente em uma semente de US$ 20 mil! E a tua descendência ceifará através da lei sobrenatural de multiplicação! Só Deus poderia oferecer algo parecido com isso, uma colheita dupla para você. E quanto mais você planta, mais você vai colher!”, garantiu o evangelista, que recentemente foi alvo de investigações da Receita Federal e do Senado dos Estados Unidos.
O Christian Post relatou que a compra recente de um jato particular e um carro de luxo com dinheiro do ministério teria levado Benny Hinn a sofrer intensas críticas nos Estados Unidos. Um evento organizado por ele em Trinidad e Tobago também teria sido alvo de controvérsias, pois ele teria pedido aos milhares de presentes que doassem US$ 100 dólares cada para cobrir os custos da organização.
[Por Tiago Chagas, para o Gospel+]
Divulgação: Púlpito Cristão
***
Que tempos!  Quanta vergonha! Lembro-me das palavras do salmista: “Ó homens, até quando tornareis a minha glória em vexame, e amareis a vaidade, e buscareis a mentira?” (Sl 4.2)
Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Fui Traído! E Agora?


FUI TRAÍDO! E AGORA?

Dani Marques


Quando acontece a traição, a vítima normalmente tende a descarregar toda a raiva, frustração e culpa na pessoa que traiu. Mas é necessário colocar os pés no chão e analisar toda a situação, a ponto de conseguir identificar os seus próprios erros. Vejamos:


1 - Seu relacionamento já não estava indo bem e no meio do caminho surgiu uma pessoa disposta e desejosa de suprir as necessidades emocionais e sexuais do seu cônjuge;
2 - Vingança - ele(a) traiu porque foi traído(a);
3 - Casou muito cedo ou por obrigação (normalmente por causa de uma gravidez inesperada);
4 - O seu cônjuge tem um "fraco" por traição, e no auge da paixão, você não analisou bem o seu caráter e comportamento. Ele provavelmente deu alguns sinais dessa "fraqueza" durante o namoro, mas por conta da paixão, você optou por não enxergar: "Ahhh, depois que casar ele(a) muda!" Doce ilusão... Não podemos esquecer que a decisão de casar também foi sua!


Pois bem, você foi traído. E agora, o que fazer?


Se foi a primeira vez que isso aconteceu, se não há nenhuma ligação emocional com a pessoa em questão e se seu cônjuge está arrependido e disposto a restaurar o relacionamento, não exito em dizer: PERDOE! Ninguém está isento de trair, nem mesmo você! A traição, diante de Deus, é um pecado como outro qualquer. É claro que para o ser humano costuma ser muito mais dolorido e difícil, mas para Deus tem o mesmo peso que qualquer outro pecado, e deve ser encarado como tal. É necessário reconhecer o erro, pedir perdão sincero à Deus e ao cônjuge e buscar a transformação. Lembrando que: "qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu coração" Mt 5:28. Vixeeee, o buraco é muito mais embaixo hein? Se o seu cônjuge te traiu, mas você vive desejando outras pessoas em pensamento, tá reclamando do que amigo(a)? Precisamos vigiar!

Continuando, existe também a possibilidade do "réu" ainda estar apaixonado pelo(a) amante, mas por causa da sua maturidade, ou talvez pelos filhos, ainda esteja disposto a lutar pelo casamento. Neste caso, PERDOE TAMBÉM! Vai ser muito mais difícil e dolorido, mas se há disposição de ambos os lados, é completamente possível restaurar o relacionamento! O primeiro passo é fazer com que o "traidor" corte qualquer tipo de relação com o(a) "outro(a)". Ele terá que reconquistar a sua confiança, e para isso, deverá responder a todos os tipos de questionamentos, quantas vezes forem necessárias. Isso faz parte da cura.

Além disso, nada deve ser encoberto. Celulares, e-mails e senhas deverão ficar à sua disposição. Essa atitude mostra que ele(a) não tem mais nada a esconder e que está disposto(a) a fazer o que for preciso para recuperar a sua confiança. Caso não haja esta disposição, é porque ainda há o que esconder. E se você aceitar viver dessa maneira, prepare-se, pois o fantasma da traição vai te assombrar ainda por muito tempo! A parte traída tem todo o direito de desconfiar e fuçar a vida do "traidor", o tempo que for necessário. É uma consequência do erro, e se há o desejo de restauração, é assim que deve ser, até que a confiança seja recuperada.


Outra situação, é quando o adúltero está tão envolvido e apaixonado pelo(a) amante que não deseja de forma alguma permanecer no casamento. Neste caso, eu acho que você deve... PERDOAR TAMBÉM! Vamos esclarecer: Perdão é uma decisão, aliás, uma ordem que Jesus nos deixou: "Senhor, até quantas vezes deverei perdoar meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes? E Jesus respondeu: Eu lhe digo, não até sete, mas até setenta vezes sete." Mt 18:21 e 22 e "Pois, se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará. Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas". Mateus 6:14-15


Quando você perdoa alguém, não significa que vai esquecer tudo o que aconteceu e sair por aí pulando de alegria. É óbvio que não. Perdão é uma decisão diária. Ele(a) te fez mal? Sim, mas decida retribuir este mal com amor. Não falo do amor fantasioso, mas sim do amor decidido. Faça o bem sempre que for possível e necessário, não deseje o mal, não ataque com palavras ou atitudes e ore constantemente para que Deus transforme a situação e te faça ter bons sentimentos pela pessoa. Não é fácil fazer isso, claro que não! É um esforço diário e que muitas vezes chega a ser sobrenatura!

Perdoar também não significa conviver. Se um cara matar sua filha e você decidir perdoá-lo, não quer dizer que terá que conviver para provar que o perdoou, certo? Então, neste caso, você não tem obrigação nenhuma de insistir no relacionamento. A sua única obrigação é a de amar:

"Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus... Se vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa receberão? E se vocês saudarem apenas as pessoas que gostam, o que estarão fazendo de mais? Até os descrentes fazem isso! Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês" Mateus 5:44 e 46 à 48


Que seja assim com seu cônjuge (ou ex-cônjuge). Sei que a dor de uma traição ou de um divórcio é imensa, praticamente insuportável para quem foi traído! Nunca senti na pele, mas estou acompanhando uma amiga queridíssima que está passando por esta situação. Segundo ela, chega a se comparar a dor da morte. Pra você que está vivendo esta realidade, recomendo o livro "Antes de Dizer Adeus, de Jaime Kemp". Ele é ótimo para auxiliar casais que estão a beira do divórcio ou passando por ele.

Bom, se o seu caso é este último, busque durante um bom tempo orientação a Deus. Peça a Ele que te mostre se deve ou não lutar por este relacionamento. Pode ser que com o tempo o cônjuge se arrependa, neste caso, ainda há esperança para restauração, caso contrário, livre-se da tortura! Não seja masoquista: "Todavia, se o descrente separar-se, que se separe. Em tais casos, o irmão ou a irmã não fica debaixo de servidão. Deus nos chamou para vivermos em paz". 1 Coríntios 7:15. Conheço pessoas que sofrem com a constante traição do marido/esposa e mesmo assim insistem no relacionamento.

Se o seu cônjuge te traiu e ainda te trai, se não demonstra arrependimento, mudança e disposição de restaurar o relacionamento, não há porque continuar neste inferno, a não ser que você tenha uma direção clara de Deus para isso. Enxergo essa situação como o relacionamento entre uma mãe e seu filho desobediente. Qualquer pessoa sabe que uma criança só aprende a lição quando é disciplinada, algumas vezes pela pelos pais e outras pela própria realidade. Imagine uma mãe que não faz nada para educar e disciplinar seu filho, apenas distribui carinhos, presentes e ora?

Uma pessoa que insiste em trair seu cônjuge e não busca transformação, precisa ser disciplinada pela vida e receber um belo choque de realidade! Talvez esta seja a sua única chance de transformação! Se você tem acolhido o seu cônjuge traidor, lavado sua roupinha, feito a sua comidinha, arrumado a sua casinha e dado aquela transadinha, desculpe dizer, mas você está sendo complacente com o pecado! É como a mãe que abre diariamente a carteira para seu filho dependente de drogas. Espera-se o que de uma situação como esta?

Enfim, busque forças, sabedoria e direção em Deus! Ore, jejue e leia a Bíblia diariamente, em especial os Evangelhos. Transmita o caráter de Cristo em suas palavras e ações. Entregue-se nas mãos do Senhor e aprenda a viver no sobrenatural. "Porque a loucura de Deus é mais sábia que a sabedoria humana, e a fraqueza de Deus é mais forte que a força do homem". 1 Cor 1:25. Sabe quando um filho amedrontado agarra as mãos do pai com todas as suas forças? Então, faça isso com o seu Paizão! Ele está de braços abertos te esperando...


Dani é casada há 8 anos e têm dois filhos e é colaboradora do Genizah. Conheça o seu blog pessoal: Salve o meu casamento!






Fonte:
http://www.genizahvirtual.com/2013/04/fui-traido-e-agora.html

Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

domingo, 28 de abril de 2013

Quando o Milagre não Acontece!


QUANDO O MILAGRE NÃO ACONTECE


Por Renato Vargens

A doutrina da confissão positiva ensina que Deus é OBRIGADO a curar os homens de todas as  suas enfermidades.  Eu particularmente já ouvi alguns apóstolos afirmando que Deus tem por dever e obrigação responder positivamente todas as orações feitas em nome de Jesus e que se porventura não o fizer é porque faltou fé ao proponente ou por alguém encontra-se em pecado. 

Outro dia fiquei sabendo da história de uma famosa apóstola que ensinava que crente que fica doente deve decretar pela fé a sua cura, não tendo com isso necessidade de ir a um hospital. Todavia, numa noite em que passou muito mal, a apóstola contrapondo-se aos seus ensinos e convicções sucumbiu em sua fé pedindo aos prantos que seus discípulos a levassem urgentemente a um hospital.

Caro leitor, os puritanos acreditavam que Deus possui duas formas de curar os enfermos. Uma delas é através da medicina, a outra mediante o seu eterno e maravilhoso poder. No entanto, o fato de Deus poder curar alguém, não significa necessariamente que Ele seja obrigado a curar todas as pessoas. Ora, Por acaso você já se deu conta que nem sempre o milagre esperado vai acontecer? Já percebeu que existem momentos que Deus SOBERANAMENTE resolveu não atender nossas petições?

Pois é, não são poucas as vezes que o milagre esperado não se manisfesta e que as enfermidades que tanto nos assolam   não são curadas.  Nesta perspectiva ao contrário do ensino neopentecostal as Escrituras nos ensinam a confiar em Cristo entendendo que todas as coisas acontecem para o bem daqueles que amam a Deus. (Romanos 8:28) Além disso, somos desafiados a entender que apesar das adversativas e negativas divinas, Deus continua nos amando sendo  assim merecedor de todo louvor e adoração.

Isto posto, cabe a cada um de nós nos resignarmos diante diante de Sua magnânima vontade prostrando-nos diante do seu sublime poder glorificando-o por todas as coisas. 

Pense nisso!


Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

sexta-feira, 26 de abril de 2013

RETETÉ: A Macumba Pentecostal!


RETETÉ: A macumba pentecostal

Dani Marques

As manisfestações do Espírito precisam obrigatoriamente vir acompanhadas de "reteté"? Bom, já tive as minhas experiências sobrenaturais, mas acho preocupante a maneira como muitos cristãos lidam com essa questão. Alguns, são tão dependentes das chamadas "manifestações do Espírito", que chegam a acreditar que Deus não esteve presente ou não agiu quando elas não acontecem. Desculpe, mas tenho que dizer que isso não condiz com a Palavra. A maior evidência de que um indivíduo está cheio do Espírito, é quando manifesta em sua vida o caráter de Cristo e não quando sapateia, dança, grita e rodopia. A plenitude do Espírito Santo é uma ordem de Deus e não é privilégio de alguns, mas de todos os que creram e receberam Jesus em suas vidas, diz a Palavra. O Espírito Santo habita em nós 24 horas por dia e 7 dias por semana, e não precisa ser invocado para se manifestar. O mover e as manifestações acontecem à todo momento na vida da pessoa que caminha em verdadeira comunhão com Deus.

Já presenciei manifestações no meio evangélico semelhantes à reuniões de umbanda e candomblé, repletas de rituais, invocações, frases prontas, mantras, danças e movimentos que mais se assemelham a incorporações. Cheguei a ouvir uma pessoa dizendo: "Tô vendo aqui na igreja a mesma coisa que via lá no espiritismo". Esses rituais se repetem em cada "seção" ou reunião, seguidos das mais diversas manifestações. Sem contar as "bizarrices" que encontramos por aí: paletó que derruba gente, fogueira santa, bota de cobra piton para pisar no diabo, mão gigante para ser tocada, anjos massageadores, unção do leão, do pião e por aí vai... Para essas pessoas, a fé pura e simples não é suficiente, por isso constroem seus próprios "bezerros de ouro". Elas precisam tocar, sentir e ver! Esquecem que a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos, e se sentem incompletas quando não acontece o sobrenatural de Deus. Mas Paulo nos lembra que o andar no Espírito está muito longe disso: "Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei.... Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito". Gálatas 5:22-25

Como disse anteriormente, sei que o Espírito Santo de Deus, que habita em nós, pode se manifestar de formas que pareçam estranhas aos olhos humanos, eu creio! Mas a questão aqui é outra. Estou falando de pessoas dependentes dessas manifestações: "Se não houve 'reteté' é porque o Espírito não agiu!", "Se não orou em línguas é porque não foi batizado", "Se não chorou é porque não recebeu a unção", "Se não gritou e rodopiou é porque não teve fé!". Gente, desculpe a minha sinceridade, mas pra mim isso não passa de idolatria ao "mover", e não tem absolutamente nada a ver com o Evangelho puro e simples de Jesus. Vamos fazer um pequeno teste: Imagine se você tivesse que passar o resto da vida sem presenciar ou sentir uma manifestação sobrenatural de Deus, se sentiria completo? Cheio do Espírito? Se a sua reposta for "não" ou "talvez", é bom começar a se preocupar.

Se tiver que acontecer algum tipo de manifestação sobrenatural, que aconteça, mas da forma mais natural possível. Não podemos viver em busca e na dependência delas, pois isso adoece a alma. Imagine se os discípulos vivessem em busca de experiências como a que tiveram no monte da transfiguração? Ela aconteceu? Sim! Foi maravilhosa? Claro! Tanto que eles nem queriam sair de lá! Mas percebam que quem promoveu "O Encontro" foi Jesus e não os discípulos. Foi Ele quem os conduziu até esta experiência, percebe a diferença? Lembrando que logo em seguida os fez descer e voltar à realidade, e a primeira atitude que tomou ao chegar, foi curar um menino lunático. Sem rodopios, sem gritaria e sem sapateado: "E, repreendeu Jesus o demônio, que saiu dele, e desde aquela hora o menino sarou." Mt 17:18. Pronto, simples assim! Vejam que eles estavam retornando de uma experiência sobrenatural maravilhosa! Jesus poderia muito bem ter aproveitado a unção e transformado a situação num verdadeiro "show pirotécnico", mas não o fez, justamente para nos ensinar que este não é o foco e que esta não deve ser a nossa preocupação.

Outra coisa que me preocupa são as músicas recheadas de repetições. Verdadeiros mantras! Elas fazem com que a igreja entre numa espécie de transe: "Vem Espírito x 20; Sopra neste lugar x 15; Derrama x 30... Repito: o Espírito Santo não precisa de invocação, pois ele habita em nós, em todo lugar e a todo momento! Outro detalhe: a música mexe profundamente com as emoções, e a linha que separa a manifestação emocional da espiritual é muito tênue, poucos conseguem discenir. A mente é como um mundo paralelo, e cada um desenvolve o que deseja. A psiquiatria chama isso de "Transtornos Dissociativos", podendo acontecer de forma coletiva. Causam estados alterados de consciência, estado de sugestionabilidade aumentada (frases repetitivas, ordens de comando, cânticos e movimentos pseudoespirituais), aumento de percepções de imagens como luzes ou fumaça, dimuição da iniciativa e da atitude de planejamento (fazer o que pedem) e redução momentânea da capacidade de teste de realidade. Tais fenômenos são caracterizados por estados transitórios em que parece haver uma dissociação mental completa ou parcial, na qual o sujeito pode apresentar-se sem movimentação motora ou com automatismos em atos e pensamentos e um estado hipnótico, semelhante a um sonho ou embriaguês². Isso te lembra algo?

Não posso esquecer daqueles que passam uma vida inteira correndo atrás de revelações, promessas e profecias. Erram feio por não conhecerem as Escrituras! Todas as promessas e revelações que Deus tem para a sua vida já foram dadas, é só ler a Bíblia! Mas dá trabalho né? É muito mais fácil sair por aí em busca de ungidos do Senhor para receber aquela oração poderosa, não é mesmo? Você deveria correr atrás de Deus, e não do sobrenatural de Deus! Estude a Palavra diariamente, ore em todo o tempo e busque transmitir o caráter de Cristo através de suas ações, palavras e pensamentos. E se Deus precisar te mandar algum recado, fique tranquilo, ele vai dar um jeito de mandar! Ah vai!

Caio Fábio disse acertadamente: "O justo vive pela fé, não por emoções e sensações. As emoções podem ser desastrosas quando tomam o comando da vida. Por trás de todas as maluquices da religião, há pessoas emocionalmente desequilibradas, e que confundem suas emoções com a vontade de Deus ou manifestações do Espírito. Para essas pessoas, o Espírito Santo é concedido pelo esforço humano, pela sua concentração emocional e pela sua aflição desejosa de Deus, e mais, tem que haver línguas e sinais externos de natureza sobrenatural, pois, para ele, o fruto do Espírito e a presença do Espírito não é amor, alegria, paz, bondade, benignidade, mansidão e domínio próprio, mas sim euforia descontrolada, embriagues dos sentidos, profecias nervosas e muita santaradice... Jesus, no entanto, disse que o Pai dá o Espírito Santo a quem quer lho peça, assim como um pai humano bom, que, recebendo o pedido de um filho que lhe pede um pão, a ele não serve uma serpente. Portanto, para receber o Espírito Santo basta dizer crendo: “Pai, dá-me o Teu Espírito!” e o Pai dará o Espírito: “Ora se vós que sois maus sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai Celeste não dará o Espírito Santo a todos os que lho pedirem?” — indaga Jesus o óbvio. Assim, não crer que o Espírito Santo me seja dado pelo amor do Pai em razão de minha fé simples e humilde, é pecado contra a Palavra de Jesus e contra a pureza e simplicidade do amor de Deus. Por isto é útil meditar no fato que a fé não tem nada a ver com emoção. Pela fé, você é habitado pelo Espírito de Deus, e Dele bebe de todas as fontes espirituais que estão franquiadas a todos nós que cremos, e não apenas a um grupo específico e em momentos específicos. O batismo com o Espírito Santo é sinônimo de conversão e regeneração, é a mesma coisa que “nascer de novo” e isso acontece apenas uma vez, assim que você recebe Cristo em sua vida. Ele não fica saindo, entrando e te batizando cada vez que volta".

Não podemos esquecer também que o Espírito é o mesmo em todos, apenas se manifesta de formas variadas, conforme 1 Coríntios 12:7-11: "A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum. Pelo Espírito, a um é dada a palavra de sabedoria; a outro, a palavra de conhecimento, pelo mesmo Espírito; a outro, fé, pelo mesmo Espírito; a outro, dons de cura, pelo único Espírito; a outro, poder para operar milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a outro, variedade de línguas; e ainda a outro, interpretação de línguas. Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as distribui individualmente, a cada um, conforme quer."

Oração em línguas é outra questão. Não encontro na Bíblia algo que justifique o falar em línguas no púlpito ou microfone, muito pelo contrário: "Se, porém, alguém falar em língua, devem falar dois, no máximo três, e alguém deve interpretar. Se não houver intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus". 1 Coríntios 14:27-28. Fora os que soltam os "alabaxuriandares" da vida na maior altura, desencadeando uma gritaria desenfreada na igreja. Desculpe, não consigo enxergar isso como mover do Espírito, pois não traz edificação nenhuma. E a grande maioria acaba indo na onda do movimento, muitos apenas por constrangimento, pelo receio de serem tachados de "não espirituais". Já vi pastores ensinando pessoas a orar em línguas dizendo: "Repete glória, glória, glória várias vezes que você consegue". Imagine só? Um verdadeiro gargarejo gospel comunitário! E se um descrente entra numa reunião como essas? O que vai pensar? Paulo nos dá a resposta:"Assim, se toda a igreja se reunir e todos falarem em línguas, e entrarem alguns não instruídos ou descrentes não dirão que vocês estão loucos?". 1 Coríntios 14:23.

Outra situação delicada é o "confessai vossos pecados uns aos outros para serdes curados". Há uma simplicidade tão grande nessa orientação de Tiago... Compartilhe com um irmão de confiança seus pecados, suas mágoas, suas angústias e permita que ele ore com você. Isso traz cura para a alma! É como tirar a dor do peito com as próprias mãos! Digo por experiência própria. Mas os crentes teimam em achar que o versículo é simples demais para ser verdade, e então, cria-se todo um ritual em torno de uma situação que poderia ser tão simples. Os ministros sopram na cara do indivíduo, rodopiam, mandam repetir frases prontas, dançam... Aí a pessoa chora, grita, bota pra fora suas dores e sente o maior dos alívios (claro). Então, ao término da ministração, surgem as famosas frases: "Viu o mover de Deus? Ele se manifestou de forma tremenda aqui neste lugar!" Não, não estou dizendo que Deus não pode agir desta forma, mas batendo na tecla de que não há a necessidade do "reteté" para Deus agir. O Espírito Santo pode se manifestar numa conversa ao redor da mesa de jantar, num bate-papo com um irmão e através de uma oração simples e sincera. Ali, Ele pode me curar e tratar da mesma forma, só que de uma maneira muito mais simples, e pra mim, isso é tão tremendo quanto o "reteté"!

C. S. Lewis foi um homem que se entregou a Deus sem nenhuma emoção. Ele conta que apenas se curvou e disse: “Deus, eu reconheço que Tu és Deus!” — e pronto. Também não se diz nos evangelhos que os convertidos saíam chorando, arrepiados, sapateando ou dizendo terem visto anjos, mas apenas que haviam sido curados ou convencidos pela Palavra, simples assim! Sobrenatural é a transfomação que Deus pode fazer na vida de uma pessoa, levando-a da morte para a Vida! "Quando o “mover” significar ardor, paixão pela Palavra, amor pelas vidas, misericórdia, pregação fervorosa e muito desejo de servir a Deus e ao próximo, então estaremos no caminho certo. Aprendi a usar o seguinte critério: Tudo o que eu vejo nos evangelhos sendo praticado por Jesus, considero como modelo a ser seguido. O que eu não vejo nos evangelhos como prática de Jesus, eu tolero nos limites do bom senso. Bom senso é a palavra chave. Muitas vezes no auge e no anseio da experiência de algo novo e sobrenatural, a gente corre o risco de perder um pouco do equilíbrio e o bom senso".³

Infelizmente, a idolatria ao mover do Espírito está presente em nossas igrejas. Nas mesmas igrejas que condenam a idolatria aos santos. É hora de parar e pensar: Jesus não nos ensina que o amor é o maior de todos os dons? A maior de todas as manifestações? Sim, esse é o dom que você deve buscar e ansiar! A Bíblia é clara quando diz em 1 Coríntio 13 que se não houver amor, de nada valem as manifestações. Você pode orar em línguas, sapatear, profetizar, expulsar demônios, rodopiar, curar.... Se o amor pelas vidas não for a força motriz dessas ações, cada uma delas se dissolverá como fumaça diante dos olhos de Deus. Os dons do Espírito são concedidos à nós para edificação de vidas, apenas! "Visto que estão ansiosos por terem dons espirituais, procurem crescer naqueles que trazem a edificação para a igreja... Quando vocês se reúnem, cada um tem um salmo, ou uma palavra de instrução, uma revelação, uma palavra em língua ou uma interpretação. Tudo seja feito para a edificação da igreja." 1 Coríntios 14:12 e 26

É bom não esquecer que nem todos os milagres são de origem divina. Um poder sobrenatural pode ser satânico, apenas disfarçado de divino para criar uma ilusão. Estejamos atentos! "Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres? ’Então eu lhes direi claramente: ‘Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal! ’" Mateus 7:22-23

O maior milagre já foi feito na Cruz, e a nossa maior busca deveria ser por testemunhar este milagre. O nosso maior investimento deveria ser em cumprir o "Ide" de Jesus, fazendo discípulos de todas as nações, afinal, não foi para isso que recebemos o Espírito Santo? "Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra". Atos 1:8. Jesus NÃO disse: "Busque o mover, corra atrás do sobrenatural de Deus", NÃO! Sua ordem foi: "Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos". Mt 28:19-20.

Fazer discípulos leva tempo, muitas vezes anos! Significa caminhar, conhecer, conviver, ensinar, exortar, amar, servir, se alegrar e chorar... É muito mais que uma reunião cheia de "unção". É uma caminhada longa, trabalhosa e nem sempre tão prazerosa, mas que deve ser feita em obediência a Cristo e amor às vidas. E se nessa caminhada surgirem manifestações sobrenaturais, amém! Mas a nossa busca incessante deve ser por intimidade com Deus através da caminhada diária e por vidas rendidas aos pés da Cruz, afinal, não foi para isso que fomos chamados?

"Eu lhes digo que, da mesma forma, haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam arrepender-se". Lc 15:7


NOTAS
¹ Mt 22:37,39
²Hilgar (1979) e Lewis (1977)
³www.caiofabio.net

Dani é casada há 8 anos e têm dois filhos e é colaboradora do Genizah. Conheça o seu blog pessoal: Salve o meu casamento!





Fonte:
http://www.genizahvirtual.com/2013/04/retete-macumba-pentecostal.html

Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Bicicletas e eleição!


Bicicletas e eleição

Será que Deus escolheu seu filho para dar uma bicicleta? Caso a resposta seja afirmativa, como saber que sim? Afinal, todo mundo pode estar sinceramente enganado. E caso Deus tenha escolhido o seu filho, e tenha deixado o meu de fora? O seu filho é menos trapo do que o meu? Essa doutrina é muito difícil de aceitar... Será que vou pro inferno por causa disso? 
É assim que alguém, em anonimato, vem questionar a validade da doutrina da eleição (ou da predestinação, se levarmos em conta o contexto). O anonimato mereceria toda a reprovação que convém, mas também convém responder, pois o discurso é típico. Então eis-me aqui dando-me ao trabalho de comentar...
"Será que Deus escolheu seu filho para dar uma bicicleta?", pergunta-me. E respondo eu: meu Lucas tem uma bicicleta. Certamente o pai assim o quis. O Pai também. Meu Mateus ainda não. O pai já escolheu, mas o Pai ainda vai revelar. Se tal ocorrer, no entanto, é porque Ele realmente assim o escolheu. A vontade do pai, ainda que sua própria, não é livre da escolha do Pai.
"Como saber que sim?", insiste. E insiste mais: "Afinal, todo mundo pode estar sinceramente enganado". Ora, pergunto eu, como saber qualquer coisa? Se a resposta fosse negativa a pergunta seria ainda a mesma. Mas não precisamos de qualquer desespero cético: temos o Absoluto Deus. E, ainda mais, neste caso temos abundantes referências bíblicas que nos garantem que nada acontece sem o decreto divino. Mas deixarei epistemologia e teologia de lado. Pois é depois daqui que a coisa se torna mesmo interessante e típica.
Será o filho de outrem, sem a bicicleta, mais trapo que o meu Lucas? E será meu Mateus mais trapo que meu Lucas? Bem se vê que tais perguntas refletem o âmago mesmo da questão. E ela não tem a ver com predestinação e eleição, como bem já notava quem antes falou sobre isso. O problema é antroplógico. Mas é mais que assim tão teórico. O orgulho totalmente depravado tem seus efeitos, para nossa tristeza, mesmo entre nós.
Entretanto, a verdade é que meu Lucas é trapo, assim como meu Mateus. Eu os amo muito e ambos terão uma bicicleta, se assim o Pai permitir. Também, assim ambos são trapo como aquele outro que não tem a bicicleta. E, finalmente, para sair da ilustração e ir ao ponto, não é por ser mais ou menos trapo que meus filhos serão eleitos, mas pela Graça somente. Também não é por ser mais trapo que o outro será condenado, se o for, mas todos nós somos dignos dos tormentos eternos.
Pela Graça somente! E é somente pela Graça que podemos reconhecer que somos este trapo. Que somos todos igualmente trapo. Um trapo cuja imundície não pode ser limpa senão por Deus.
Certamente não é necessário conhecer a doutrina para ser salvo. Mas reconhecer-se trapo e ser limpo por Deus somente é necessário. Isto é aceitar a doutrina mesmo que sem conhecê-la. Porém, não aceitá-la, conhecendo ou não, é não reconhecer-se trapo imundo. Isto logo levará a pouca necessidade de limpeza... 
Ora, quem se pensa são irá ao médico? É bom pensar melhor, pois a estes o que há é mesmo o inferno!
SDG!


Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Porque quero distância de alguns?


Porque quero distância de alguns



Por Hermes C. Fernandes

 "Para criar inimigos, não precisa declarar guerra... basta dizer o que pensa!" 
Martin Luther King, Jr.

Quando comecei meu ministério há quase 26 anos, não poderia imaginar que colecionaria desafetos. Como alguém poderia tornar-se meu inimigo se tudo quanto almejava era servir a Deus dedicando-me aos meus semelhantes? 

Porém, aos poucos, eles foram surgindo (ou, se revelando).

Os primeiros que tive eram de fora. Vizinhos que reclamavam do som da igreja. Teve um que entrou bêbado durante um culto portando uma arma, vociferando que queria me matar. Eu tinha acabado de subir ao púlpito. Fechei os olhos e comecei a orar. Uma de nossas obreiras avançou nele, tirou-lhe a arma e o colocou para fora. 

Cresci sabendo que sofreria hostilidade de alguns de fora. Foi assim com meu pai e certamente não seria diferente comigo. Quantas vezes tivemos nossa casa apedrejada enquanto dormíamos! Numa das vezes eu e meus irmãos acordamos com um paralelepípedo próximo da cabeça de um de nós. Outras vezes tivemos o carro apedrejado na rua vizinha à igreja. Até aí, tudo bem...

Mas jamais poderia supor que encontraria 'inimigos' dentro da própria igreja.

Alguns movidos por inveja, outros por discordância doutrinária ou administrativa. Achava que, como cristãos, poderíamos discordar numa ou noutra coisa, porém, mantendo o respeito recíproco. Nada de acusações levianas, suspeitas infundadas, ataques pessoais ou coisa parecida. 

Em vez disso, deparei-me com pessoas que mais pareciam agentes inimigos infiltrados, munidos de todo tipo de arma carnal, cujo propósito era minar nossa credibilidade e destruir o que com tanto sacrifício foi edificado.

Nesses casos, sempre preferi perdoar. Com isso, a hemorragia estancava, porém, a ferida mantinha-se aberta por muito tempo. Qualquer novo ataque abria-a novamente e a fazia sangrar. Para evitar isso, resolvi tomar outra medida além do perdão: distanciar-me. Com isso, impeço que a ferida volte a inflamar-se. Faço coro com Davi: os que usam de engano, quero-os bem longe de mim. 

Nunca saí em defesa própria. Não me atreveria a dispensar meu Advogado Fiel. A Ele confio todas as minhas causas.

Porém, tenho me tornado cada vez mais criterioso na escolha daqueles que desfrutam de minha amizade. Acabo pagando um alto preço por isso, isolando-me, preferindo a solicitude à companhia. 

Sei que há amigos circunstanciais que a qualquer instante poderão nos abandonar ou mesmo tornarem-se desafetos. Quando se ocupa uma posição de liderança que, em tese, nos confere poder de fazer o bem ou o mal a alguém (em outras palavras, promover ou rebaixar), somos cercados de pseudoamigos. Basta que não correspondamos às suas expectativas e logo saem atirando para todo lado, tentando nos denegrir.

Outros ficam à espreita, afoitos por flagrar-nos num único deslize para que justifiquem sua insurreição.

Devo confessar que muitas vezes me precipitei ao ordenar alguém ao ministério. Gente que só queria se locupletar, mas que, tão logo receberam 'autoridade', insurgiram-se e revelaram seu verdadeiro caráter.

Hoje, estou mais criterioso do que nunca. Não basta carisma. Tem que ter caráter. Não basta formação acadêmica. Tem que ser forjado no campo de batalha. 

Cansei de obreiros fraudulentos. Elogios e bajulações não vão comprar minha amizade e confiança. Quem lhe paga o almoço hoje vai querer cobrar favores amanhã. Toda cautela é necessária. 

Já vi casos de pastores que quando souberam que receberiam uma contribuição financeira significativa, trataram de romper imediatamente com a sua denominação a fim de não precisarem prestar contas dela. Os tais pensam que passaram incólume, porém, Deus conhece todas as coisas e faz com que venham à tona na hora certa. 

O que mais me incomoda nisso tudo são os efeitos colaterais. Uma pessoa honrada pode deixar nosso círculo sem qualquer alarde. Mas nem todos são honrados. Alguns querem prejudicar a obra e para tal, não poupam o rebanho. Gente inocente acaba por deixar-se seduzir pelos tais. Calúnias são engendradas. Insinuações são lançadas ao ar. E quem não conhece a verdade compra qualquer versão que lhes é apresentada.

O que me consola é saber que todos terão que prestar contas a Deus. Os fins não justificam os meios. Não vale mentir achando que isso resultará num bem maior. Não vale ser covarde. Mais cedo ou mais tarde, a verdade virá à tona. 

Quanto a mim, entrego-me Àquele que julga retamente e ao meu Advogado.

Nem precisam me pedir perdão. Já os perdoei. Peçam perdão a quem seguiu às suas dissoluções. Arrependam-se antes que venha o Senhor e lhes peça conta, tim-tim portim-tim. Deus é amor! Mas não é condescendente com os erros de ninguém. 

Sei que sempre teremos inimigos por perto... E devemos estar prontos a convidá-los a tomar assento na mesa que o Senhor houver preparado para nós. Todavia, aqueles que se diziam amigos e se revelaram falsos, prefiro-os distantes. Talvez assim a ferida um dia cicatrize. Enquanto isso, proponho-me a enviar-lhes  quentinhas com o que Deus tem me concedido em Sua misericórdia. Aliás, acho que é isso que tenho feito aqui no blog... Alguns que antes sentavam-se à mesa comigo, hoje se alimentam por aqui.

Fonte:http://www.hermesfernandes.com/2013/04/porque-quero-distancia-de-alguns.html

Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

terça-feira, 23 de abril de 2013

Quando o Namoro Vira um DEUS!


Quando o Namoro Vira um DEUS!

Por Renato Vargens

Na minha experiência pastoral tenho visto inúmeros jovens fazendo do seu namoro um tipo de Deus. Outro dia eu aconselhei um rapaz que compartilhou que a coisa mais importante da vida era a sua namorada. Na Conversa ele chegou a me dizer que a moça com a qual se relacionava era quem ele mais amava no mundo, e que não conseguiria  imaginar viver a vida sem ela.

Pois é, assim como esse rapaz um número significativo de cristãos tem feitos dos seus namorados e namoradas pequenos deuses. Nessa perspectiva é comum encontrar moças e rapazes colocando os seus namoros num patamar acima da sua relação com o Criador. Ora, os que agem desta forma sem que percebam comportam-se como idólatras, isto porque, permitem com que seus namoros ocupem um lugar que deveria pertencer exclusivamente ao Senhor.

Caro leitor,  sem sombra de dúvidas ouso afirmar que aqueles que colocam suas relações afetivas acima da sua relação com o Senhor, fazem do seu namoro um verdadeiro inferno, isto porque, cobram do namorado ou namorada, aquilo que eles jamais poderiam dar. Se não bastasse isso, é comum percebermos naquele que foi transformado em foco de adoração uma enorme angustia, mesmo porque, ninguém por melhor que seja pode preencher aquilo que somente o Senhor tem poder ou condição de fazê-lo.

Idolatrar alguma coisa ou alguém é pecado e aqueles que fazem dos seus namoros um tipo de deus, além de se frustarem, dão passos significativos a destruição do relacionamento.

Isto posto, pergunto: E você? Será que você tem considerado o seu namorado mais importante que Deus? Será que tem feito do seu relacionamento um deus o qual devota toda a sua expectativa?

Prezado amigo, se assim tem feito, convido-o ao arrependimento e a destruição deste ídolo, mesmo porque,   ao agir de forma diferente, você sufocará sua relação, levando-o a curto prazo ao mais profundo caos.

Pense nisso!

Renato Vargens

Fonte:http://renatovargens.blogspot.com.br/2013/04/quando-o-namoro-vira-um-deus.html

Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

segunda-feira, 22 de abril de 2013

5 Pedras da Vergonha Evangélica!


Faltou a sexta pedra pra atirar na cabeça dele!



Em terra de Valdir Brasil, quem tem um olho é Malafaia.


Fonte:
http://www.genizahvirtual.com/2013/04/faltou-sexta-pedra-pra-atirar-na-cabeca.html

Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Maldito Pastor!


MALDITO PASTOR

Por Renato Vargens
Maldito pastor!

Foi exatamente isso que um irmão em Cristo disse sobre o seu pastor simplesmente pelo fato de que ele o havia repreendido por estar vivendo um relacionamento adulterino. Se não bastasse isso, o rapaz proferiu   todos os tipos de impropérios possíveis  ao seu líder espiritual, isto porque, segundo as Escrituras este o exortou a abandonar o seu pecado.

Pois é, eu não sou defensor da funesta doutrina "não toqueis no ungido do Senhor." Na verdade, eu já escrevi contra esse ensinamento (aqui). Todavia, sou obrigado a confessar que alguns irmãos estão exagerando na forma com que se dirigem aos seus pastores. Ora. vamos combinar um coisa, respeito é bom não é verdade? O fato de alguém discordar do pastor não lhe concede o direito de xingá-lo, desprezá-lo ou até mesmo humilhá-lo, no entanto, tornou-se comum por parte de algumas pessoas tratarem os seus pastores com desdém, desprezo e desrespeito. 

Caro leitor, as Escrituras nos ensinam a valorizar os mais velhos, além é claro de respeitar as autoridades. A Bíblia contém inúmeros textos que nos incentivam a tratar as autoridades com respeito e dignidade, mesmo porque segundo os pressupostos bíblicos toda autoridade provém de Deus.  "Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação." (Rm 13. 1, 2)

Prezado amigo, pode ser que o seu pastor esteja errado em algumas percepções teológicas, contudo, o fato de discordar dele não lhe concede o direito de agredi-lo com palavras e ofensas.  Ouso afirmar que aquele que agride seu pastor difamando-o publicamente, denegrindo sua imagem, peca contra o Senhor infringindo pressupostos bíblicos de respeito, amor, bondade e benignidade.

Se você acha que o seu pastor está errado, procure-o, converse com ele, peça explicações à luz das Escrituras  deixando que a Palavra de Deus o ajude em suas crises, conflitos e incongruências. 

Agindo desta forma, orando no Espírito e respeitando a liderança constituída, Deus lhe conduzirá a tomar as mais sábias decisões.

Pense nisso!

Renato Vargens


Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

quarta-feira, 17 de abril de 2013

O Evangelho Talibã (Parte 1 – A vingança)


O Evangelho Talibã (Parte 1 – A vingança)



Se você também está cansado de ouvir falar em tomates e Marco Feliciano, é porque provavelmente está cercado de vegetarianos ou de pessoas que não dão a mínima para o fato de João Paulo Cunha, José Genuíno e Paulo Maluf serem integrantes da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara), considerada a mais importante comissão da Casa. Os dois primeiros foram condenados pelo STF no julgamento do mensalão. Já o terceiro, é acusado de ter enviado ilegalmente para contas nos States recursos que teriam sido desviados de obras públicas no Brasil, além de ser procurado pela Interpol.

Bem, dos tomates eu vou te poupar, mas do Feliciano... impossível. E digo o porquê. A quantidade de crentes que tem se levantado em prol do deputado pastor é assustadora. Gente que definitivamente abraçou a ideia do “vamos mostrar pra eles com quem estão mexendo. Não importa o que ele disse, ele é pastor e temos que ficar do lado dele.”

Há cerca de 4 anos, ao me posicionar contra as canções vingativas, como “Sabor de Mel”, que escancaradamente alimentavam o ódio e a revanche entre os cristãos, choveram e-mails e posts me chamando de herege, dizendo que eu devia tomar cuidado em tocar na ungida de Jeová, e que Deus pesaria sua mão sobre mim – o que me deu convicção ainda maior de tudo aquilo que a música representava.

Acontece que esse evangelho talibã é justamente a tônica de uma das últimas polêmicas envolvendo Feliciano. O deputado, em uma de suas pregações, afirma categoricamente que Deus assassinou John Lennon e Os Mamonas Assassinas. Em sua teologia “infeliciana”, Marco atesta que o beatle teria causado a ira do Eterno por se considerar mais famoso que Jesus. Já os Mamonas foram vítimas de um tal anjo que virou o manche pro outro lado.

O mais irritante no vídeo da pregação, além daquela musiquinha chata de fundo, é ver os crentes indo ao delírio com essas afirmações de uma teologia tosca, em que “exegese” é apenas o nome do filho mais velho de um pai criativo.

Baseado nessa teologia, me pergunto: por que um Deus assim, que vinga seus inimigos ou todos aqueles que se lhe opõem, simplesmente não desceu da cruz e fulminou todos aqueles hereges? Por que um Deus assim, viria na pessoa de Seu filho Jesus inventar essa tal história de dar a outra face? Por que um Deus assim, tão preocupado com que a declaração de um mortal lhe tirasse a fama, perdoaria todos aqueles que lhe confessassem como único e suficiente salvador?

Tão inquietante quanto esses questionamentos é a dúvida sobre até quando os crentes deixarão de ter um senso crítico, e continuarão sendo levados por ventos de doutrinas. Ventos esses que, além de espalhar tudo aquilo que a fé cristã construiu com tanto zelo e amor, levam para longe todos aqueles que necessitam de uma palavra de perdão e amor. Lembre-se, o ímpio pode não ter o Espírito Santo, mas ainda assim pode ser coerente e sensato (coisa que muitas vezes nos falta).

Enfim, eu imploro aos meus amigos não crentes que costumam ler meus textos: não acreditem, nem mesmo percam seu tempo ouvindo esse outro evangelho. Ele não é o Evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo. O evangelho genuíno diz que Deus é tão amoroso e perdoador que “amou o mundo de tal forma que ofereceu o seu Filho único, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” - João 3.16


No amor de Cristo,


Roger Da Escola de Adoração


Fonte:http://www.genizahvirtual.com/2013/04/o-evangelho-taliba-parte-1-vinganca.html

Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

terça-feira, 16 de abril de 2013

Marx ou Mamom? Seu Deus é Comunista ou Capitalista?


Marx ou Mamom? Seu Deus é Comunista ou Capitalista?



Pra quem anda confundindo o Evangelho com discursos ideológicos

Por Hermes C. Fernandes

Definitivamente, não existem ideologias perfeitas. Todas têm suas virtudes e vicissitudes. Cada qual tem seu altar e seu sacrifício. O comunismo, por exemplo, sacrifica a liberdade de seus cidadãos no altar da justiça social. O capitalismo faz o inverso, sacrifica a justiça social no altar da liberdade.

Ora, se não há ideologias perfeitas, o que nos dá o direito de sacralizá-las? Não podemos diluir a mensagem do Evangelho, transformando-o num discurso ideológico. Ainda que cada uma delas tenha um ponto ou mais que coincidam com a proposta do Evangelho. Diluir uma gota de Evangelho num balde de ideologia acaba por corromper completamente seu conteúdo e subversividade originais.

Deus não é de esquerda, nem de direita. Se o Evangelho promove a justiça social, também não prescinde da liberdade individual.

Quando sacralizamos uma ideologia, geralmente, demonizamos as demais. Foi o que aconteceu com o comunismo a partir do golpe militar em 1964. Pregadores fizeram vista grossa às atrocidades cometidas pelo governo militar, enquanto identificavam o comunismo com o próprio diabo. Houve quem enxergasse um viés político-ideológico até na passagem em que Jesus descreve o juízo final, quando a humanidade será dividida em dois grupos. Os da esquerda, destinados à condenação, seriam os comunistas, enquanto que os da direita, destinados à vida eterna, seriam as nações que adotassem a ideologia importada dos EUA, a saber, o capitalismo. Igualmente, dos dois ladrões crucificados com Jesus, somente o da direita foi salvo.

Qualquer pregador que ousasse questionar a ditadura militar, corria o risco de ser preso, acusado de subversão. Há quem diga que muitos desapareceram...

Não devemos nutrir uma visão romântica de nenhuma ideologia. Em nome de todas elas, atrocidades foram cometidas.

Vamos focar as duas principais ideologias vigentes neste novo século, a saber, o comunismo (que resiste bravamente na China e em Cuba), e o capitalismo.

O comunismo, em sua essência, defende que os bens de uma sociedade deveriam ser partilhados igualmente entre todos os seus cidadãos. Isso parece coincidir com a proposta do Evangelho. Eu disse, parece. Teria o Estado o direito de apropriar-se de bens privados?

Temos um exemplo disso na Bíblia, quando um rei malévolo desejou acampar a vinha de um cidadão de Israel. Acabe conspirou contra Nabote, a fim de tomar-lhe a propriedade. É óbvio que Deus jamais apoiaria tal atitude. O mandamento que diz que não devemos cobiçar o bem alheio, bem como o mandamento que nos proibe o roubo, são uma indicação de que a vontade de Deus é que a propriedade privada seja respeitada. Também encontramos nas Escrituras leis que regulam a hereditariedade de bens (Pv.13:22).

Entretanto a Bíblia incentiva a partilha de bens, desde que seja voluntária, fruto de uma consciência grata e generosa. Foi isso que aconteceu na igreja primitiva. O que vemos ali está longe de ser uma amostra grátis do que seria uma sociedade comunista. Em vez disso, trata-se de uma demonstração de como funciona uma sociedade erigida ao redor do Trono da Graça. Trata-se, portanto, de reinismo, em vez de comunismo. A partilha jamais foi compulsória, mas provinha do fato de todos terem um só coração (At.4:32). Não havia imposição por parte dos apóstolos. Tudo era voluntário. Portanto, diferente do que propõe regimes comunistas, a partilha dos bens deve ser voluntária, tanto quanto o celibato, equivocadamente exigido pelo Vaticano aos seus sacerdotes.

Chamamos “reinismo” a ideologia que deve reger a sociedade construída a partir de uma cosmovisão do reino de Deus. Reinismo, portanto, deveria ser o modus vivendisde toda comunidade legitimamente cristã.

De acordo com Paulo, o cidadão do Reino deve trabalhar, “fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade” (Ef. 4:28). Bem diferente da proposta do capitalismo que é fazer do trabalho um meio para adquirir e concentrar bens, no reinismo somos instados a trabalhar para ter o que repartir. Assim como o comunismo, o reinismo também valoriza o trabalho muito mais que o capital. Porém, cada qual deve desfrutar do resultado de seu próprio trabalho, e não usufruir ociosamente do trabalha alheio. Somente aqueles que estiverem impossibilitados de trabalhar, ou que houver sido vítimas de alguma injustiça, devem desfrutar da partilha comunitária. “Se alguém não quiser trabalhar, que também não coma”, sentencia Paulo (2 Ts.3:10-12).

Um Estado regido pela ideologia comunista tende a ser totalitário, intrometendo-se em questões que deveriam ser mantidas na esfera privada.

Qual seria o papel do Estado de acordo com a Bíblia?
“Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Porque os magistrados não são motivo de temor para os que fazem o bem, mas para os que fazem o mal. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem, e terás louvor dela; porquanto ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador em ira contra aquele que pratica o mal. Pelo que é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa da ira, mas também por causa da consciência. Por esta razão também pagais tributo; porque são ministros de Deus, para atenderem a isso mesmo.” Romanos 13:1-6
De acordo com este texto, o Estado recebeu de Deus autoridade para punir os malfeitores, ao mesmo tempo em que incentiva toda e qualquer boa iniciativa. Leis civis são implementadas para regulamentar a vida social. Quando estas leis são transgredidas, o Estado tem o direito de punir os transgressores. Mas não pára aí. O Estado também tem a obrigação de “louvar” quem faz o bem, o que pode ser interpretado como incentivar qualquer iniciativa que vise o bem comum. Isso pode incluir incentivos fiscais, como aqueles dados à cultura. Se o Estado extrapola sua esfera de atuação, seus cidadãos têm o direito de resisti-lo, denunciando-o e buscando sua reforma. O Estado deve servir como um facilitador de boas obras, oferecendo à sua população meios para tal. Desde infraestrutura para escoamento da produção, passando por incentivos fiscais, segurança, educação, saúde, saneamento básico, etc.

Já no Liberalismo/capitalismo, valoriza-se o capital em detrimento do trabalho. Oconsumo é incentivado a todo custo, a fim de manter a máquina a pleno vapor. Trata-se, portanto, de um sistema retroalimentado. O consumo estimula a produção, que por sua vez, promove a abertura de postos de trabalho. Segundo seus defensores, o resultado desta equação é a prosperidade da sociedade como um todo. Tudo parece muito bonito, até que nos deparamos com as palavras de Jesus: “Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui.” (Lc. 12:15). Como, então, poderíamos endossar o espírito consumista que justifica a ideologia capitalista? Um sistema erigido sobre esta ideologia só poderia está fadado a ruir.

No capitalismo a concentração de renda também é valorizada, em franca dissonância com os princípios da Palavra de Deus.
“Ai dos que ajuntam casa a casa, dos que acrescentam campo a campo, até que não haja mais lugar, de modo que habitem sós no meio da terra!”
Isaías 5:8
A justiça do reino de Deus nos impele à distribuição de renda, e não à sua concentração. Cartéis, monopólios, oligarquias, são alguns dos efeitos colaterais deste sistema capaz de corromper os valores essenciais da vida em nome do ganho.

O capitalismo também promove a exploração do trabalhador. Apesar do discurso afirmar que todos saem ganhando, não é isso que constatamos. Quem lucra, nunca se dá por satisfeito. Os detentores dos meios de produção, bem como os banqueiros e donos dos veículos de comunicação querem sempre mais, e mais, e mais.. E ao mesmo tempo, reduzir gastos, o que pode significar redução de salários, substituição de mão-de-obra humana por máquinas, etc. Investe-se em publicidade e lobby político, ao passo que reduz-se o gasto com aqueles que mantém a máquina, os empregados. Tudo em nome da eficiência e da otimização dos lucros. Não é à toa que grandes empresas de países ricos têm se mudado para países do terceiro mundo, por saberem que lá pagarão salários menores a seus empregados. O preço pago a médio e longo prazo será incalculável. E já começou a ser pago. Vide o altíssimo índice de desemprego nesses países.

Se por um lado o capitalismo promove competitividade, fazendo com que serviços e bens de consumo sejam aprimorados, por outro lado, atravancam o desenvolvimento. Dificilmente empresas petrolíferas apoiarão iniciativas que desenvolvam veículos movidos à água, por exemplo. A menos que descubram uma maneira de tirar proveito disso. Muita coisa já foi inventada, patentizada, porém, jamais chegou às mãos do consumidor, pois ameaçam produtos já consagrados. Eu mesmo conheci um professor universitário que já nos anos 80 havia desenvolvido um motor à água. Resultado: foi demitido e teve seu projeto abortado pela Universidade, que por sua vez recebeu uma enorme soma em doação da parte de certa empresa petrolífera. No sistema capitalista, tudo é movido pela ânsia do lucro.

Governos pautados nesta ideologia estão construindo sobre areia movediça. Bem fariam em dar ouvidos à advertência bíblica:
“Ai daquele que edifica a sua casa com iniqüidade, e os seus aposentos com injustiça; que se serve do trabalho do seu próximo sem remunerá-lo, e não lhe dá o salário.”
Jeremias 22:13
Tragicamente, esta ideologia tem encontrado amparo no seio da igreja evangélica. Ateologia da prosperidade é sua filha caçula. Sua mensagem, resultado da mistura de um gota de Evangelho com uma caixa d’água de discurso ideológico, tem sido responsável por tornar a igreja numa importante engrenagem do sistema, incentivando a alienação.

Todos as ideologias e seus respectivos sistemas estão fadados a desaparecer (1 Co.15:24-25; Hb.12:27-28). Por isso, perde tempo quem tenta conciliar a verdade do Evangelho com qualquer uma delas. Bom seria se déssemos ouvidos a Paulo, analisando tudo e retendo somente o que for bom. Nada de pacotes fechados!

Assim como não podemos sacralizar qualquer que seja a ideologia, também não podemos demonizá-la. Dos dois lados da trincheira ideológica há gente de bem, lutando pela justiça e pela verdade. Quem gosta de rotular os outros de maneira tendenciosa e preconceituosa está à serviço da discórdia, disseminando o ódio entre irmãos. Posso condenar uma linha de pensamento, mas isso não me dá o direito de sentenciar ou fomentar suspeitas sobre pessoas que pensem diferente de mim.

Cristãos que cerraram fileiras com a ala direita certamente o fizeram por identificarem naquela ideologia alguns elementos comuns ao Evangelho. O mesmo podemos falar dos que cerraram fileiras com a esquerda. Ambas as ideologias têm coisas em comum com a proposta do Evangelho, como também têm disparates que não podem ser ignorados. Há santos e pecadores de ambos os lados. Não sejamos tão severos... Nem tão ingênuos...

Em vez de lutarmos em nome de uma ou de outra, digladiando-nos uns com os outros, que tal lutarmos pela liberdade e pela justiça preconizadas na mensagem do Reino de Deus?
Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

Seguidores