Reafirmamos a necessidade
das 95 teses de Lutero para Igreja.
Há uma necessidade de uma
Reforma nos dias atuais!
1 – Reafirmamos a supremacia das Escrituras Sagradas sobre
quaisquer visões, sonhos ou novas revelações que possam aparecer. (Mc 13.31)
2 – Entendemos que todas as doutrinas, idéias, projetos ou
ministérios devem passar pelo crivo da Palavra de Deus, levando-se em conta sua
total revelação em Cristo e no Novo Testamento do Seu sangue. (Hb 1.1-2)
3 – Repudiamos toda e qualquer tentativa de utilização do texto
sagrado visando a manipulação e domínio do povo que, sinceramente, deseja
seguir a Deus. (2 Pe 1.20)
4 – Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus e que contém TODA a
revelação que Deus julgou necessária para todos os povos, em todos os tempos,
não necessitando de revelações posteriores, sejam essas revelações trazidas por
anjos, profetas ou quaisquer outras pessoas. (2 Tm 3.16)
5 – Que o ensino coerente das Escrituras volte a ocupar lugar de
honra em nossas igrejas. Que haja integridade e fidelidade no conhecimento da
Palavra tanto por parte daqueles que a estudam como, principalmente, por parte
daqueles que a ensinam. (Rm 12.7; 2 Tm 2.15)
6 – Que princípios relevantes da Palavra de Deus sejam reafirmados
sempre: a soberania de Deus, a suficiência da graça, o sacrifício perfeito de
Cristo e Sua divindade, o fim do peso da lei, a revelação plena das Escrituras
na pessoa de Cristo, etc. (At 2.42)
7 – Cremos que o mundo jaz no maligno, conforme nos garantem as
Escrituras, não significando, porém, que Satanás domine este mundo, pois “do
Senhor é a Terra e sua Plenitude, o mundo e os que nele habitam”. (1 Jo 5.19;
Sl 24.1)
8 – Cremos que a vitória de Jesus sobre Satanás foi efetivada na
cruz, onde Cristo “expôs publicamente os principados e potestades à vergonha,
triunfando sobre eles” e que essa vitória teve como golpe final a ressurreição,
onde o último trunfo do diabo, a saber, a morte, também foi vencido. (Cl 2.15;
1 Co 15.20-26)
9 – Acreditamos que o cristão verdadeiro, uma vez liberto do
império das trevas e trazido para o Reino do Filho do amor de Deus, conhecendo
a verdade e liberto por ela, não necessita de sessões contínuas de libertação,
pois isso seria uma afronta à Cruz de Cristo. (Cl 1.13; Jo 8.32,36)
10 – Cremos que o diabo existe, como ser espiritual, mas que está
subjugado pelo poder da cruz de Cristo, onde ele, o diabo, foi vencido.
Portanto, não há a necessidade de se “amarrar” todo o mal antes dos cultos, até
porque o grande Vencedor se faz presente. (1 Co 15.57; Mt 18.20)
11 – Declaramos que nós, cristãos, estamos sujeitos à doenças,
males físicos, problemas relativos à saúde, e que não há nenhuma obrigação da
parte de Deus em curar-nos, e que isso de forma alguma altera o seu caráter de
Pai amoroso e Deus fiel. (Jo 16.33; 1 Tm 5.23)
12 – Entendemos que a prosperidade financeira pode ser uma benção
na vida de um cristão, mas que isso não é uma regra. Deus não tem nenhum
compromisso de enriquecer e fazer prosperar um cristão. (Fp 4.10-12)
13 – Reconhecemos que somos peregrinos nesta terra. Não temos,
portanto, ambições materiais de conquistar esta terra, pois “nossa pátria está
nos céus, de onde aguardamos a vinda do nosso salvador, Jesus Cristo”. (1 Pe
2.11)
14 – Nossas petições devem sempre sujeitar-se à vontade de Deus.
“Determinar”, “reivindicar”, “ordenar” e outros verbos autoritários não
encontram eco nas Escrituras Sagradas. (Lc 22.42)
15 – Afirmamos que a frase “Pare de sofrer”, exposta em muitas
igrejas, não reflete a verdade bíblica. Em toda a Palavra de Deus fica clara a
idéia de que o cristão passa por sofrimentos, às vezes cruéis, mas ele nunca
está sozinho em seu sofrer. (Rm 8.35-37)
16 – Reafirmamos que, nenhuma condenação há para os que estão em
Cristo Jesus, sendo os mesmos livres de quaisquer maldições passadas,
conhecidas ou não, pelo poder da cruz e do sangue de Cristo, que nos livra de
todo o pecado e encerra em si mesmo toda a maldição que antes estava sobre nós.
(Rm 8.1)
17 – Entendemos que a natureza criada participa das dores, angústias
e conseqüências da queda do homem, e que aguarda com ardente expectativa a
manifestação dos filhos de Deus. (Rm 8.19-23)
18 – Reconhecemos a suficiência e plenitude da graça de Cristo,
não necessitando assim, de quaisquer sacrifícios ou barganhas para se alcançar
a salvação e favores de Deus. (Ef 2.8-9)
19 – Reconhecemos também a suficiência da graça em TODOS os
aspectos da vida cristã, dizendo com isso que não há nada que possamos fazer
para “merecermos” a atenção de Deus. (Rm 3.23; 2 Co 12.9)
20 – Que nossos cultos sejam mais revestidos de elementos de nossa
cultura. Que a brasilidade latente em nossas veias também sirva como elemento
de adoração e liturgia ao nosso Deus. (1 Co 7.20)
21 – Que entendamos que vivemos num “país tropical, abençoado por
Deus, e bonito por natureza”. Portanto, que não seja mais “obrigatório” aos
pastores e líderes o uso de trajes mais adequados ao clima frio ou extremamente
formais. Que celebremos nossa tropicalidade com graça e alegria diante de Deus
e dos homens. (1 Co 9.19-23)
22 – Que nossa liturgia seja leve, alegre, espontânea, vibrante,
como é o povo brasileiro. Que haja brilho nos olhos daqueles que se reúnem para
adorar e ouvir da Palavra e que Deus se alegre de nosso modo brasileiro de
cultuá-LO. (Salmo 100)
23 – Que as igrejas entendam que Deus pode ser adorado em qualquer
ritmo, e que a igreja brasileira seja despertada para a riqueza dos vários sons
e ritmos brasileiros e entenda que Deus pode ser louvado através de um baião,
xote, milonga, frevo, samba, etc... (Sl 150)
24 – Que retornemos ao princípio bíblico, vivido pela igreja
chamada primitiva, de que “ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das
coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum.” (At 4.32)
25 – Que não condenemos nenhum irmão por ter caído em pecado, ou
por seu passado. Antes, seguindo a Palavra, corrijamos a ovelha ferida com
espírito de brandura, guardando-nos para que não sejamos também tentados. (Gl
6.1).
26 – Que ninguém seja culpado por duvidar de algo. Que haja espaço
em nosso meio para dúvidas e questionamentos. Que ninguém seja recriminado por
“falta de fé”. Que haja maturidade para acolher o fraco e sabedoria para
ensiná-lo na Palavra. A fé vem pelo ouvir, e o ouvir da Palavra de Deus. (Rm
14.1; Rm 10.17)
27 – Que a igreja reconheça que são as portas do inferno que não
prevalecerão contra ela e não a igreja que tem que se defender do “exército
inimigo”. Que essa consciência nos leve à prática da fé e do amor, e que isso
carregue consigo o avançar do Reino de Deus sobre a terra. (Mt 16.18)
28 – Cremos na plena ação do Espírito Santo, mas reconhecemos que
em muitas situações e igrejas, há enganos em torno do ensino sobre dons e
abusos em suas manifestações. (Hb 13.8; 1 Co 12.1)
29 – Que nossas estatísticas sejam mais realistas e não utilizadas
para, mentindo, “disputarmos” quais são as maiores igrejas; o Reino é bem maior
que essas futilidades. (Lc 22.24-26)
30 – Que os neófitos sejam tratados com carinho, ensinados no
caminho, e não expostos aos púlpitos e à “fama” antes de estarem amadurecidos
na fé, para que não se ensoberbeçam e caiam nas ciladas do diabo. (1 Tm 3.6)
31 – Que saibamos valorizar a nossa história, certos de que homens
e mulheres deram suas vidas para que o Evangelho chegasse até nós. (Hb 12.1-2)
32 – Que sejamos conhecidos não por nossas roupas ou por nossos
jargões lingüísticos, mas por nossa ética e amor para com todos os homens,
refletindo assim, a luz de Cristo para todos os povos. (Mt 5.16)
33 – Que arda sempre em nosso peito o desejo de ver Cristo
conhecido em todas as culturas, raças, tribos, línguas e nações. Que missões
seja algo sempre inerente ao próprio ser do cristão, obedecendo assim à grande
comissão que Jesus nos outorgou. (Mt 28.18-20)
34 – Reconhecemos que muitas igrejas chamam de pecado aquilo que a
Bíblia nunca chamou de pecado. (Lc 11.46)
35 – A participação de cristãos e pastores em entidades e
sociedades secretas é perniciosa e degradante para a simplicidade e pureza do
evangelho. Não entendemos como líderes que dizem servir ao Deus vivo
sujeitam-se à juramentos que vão de encontro à Palavra de Deus, colocando-se em
comunhão espiritual com não cristãos declarando-se irmãos, aceitando outros
deuses como verdadeiros. (Lv 5.4-6,10; Ef 5.11-12; 2 Co 6.14)
36 – Rejeitamos a idéia do messianismo político, que afirma que o
Brasil só será transformado quando um “justo” (que na linguagem das igrejas
significa um membro de igreja evangélica) dominar sobre esta terra. O papel de
transformação da sociedade, pelos princípios cristãos, cabe à Igreja e não ao
Estado. O Reino de Deus não é deste mundo, e lamentamos a manipulação e ambição
de alguns líderes evangélicos pelo poder terreal. (Jo 18.36)
37 – Que os púlpitos não sejam transformados em palanques
eleitorais em épocas de eleição. Que nenhum pastor induza o seu rebanho a votar
neste ou naquele candidato por ser de sua preferência ou interesse pessoal. Que
haja liberdade de pensamento e ideologia política entre o rebanho. (Gl 1.10)
38 – Que as igrejas recusem ajuda financeira ou estrutural de
políticos em épocas de campanha política a fim de zelarem pela coerência e
liberdade do Evangelho. (Ez 13.19)
39 – Que os membros das igrejas cobrem esta atitude honrada de
seus líderes. Caso contrário, rejeitem a recomendação perniciosa de sua
liderança. (Gl 2.11)
40 – Negamos, veementemente, no âmbito político, qualquer entidade
que se diga porta-voz dos evangélicos. Nós, cristãos evangélicos, somos livres
em nossas ideologias políticas, não tendo nenhuma obrigação com qualquer
partido político ou organização que se passe por nossos representantes. (Mt
22.21)
41 – O versículo bíblico “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor” não
deve ser interpretado sob olhares políticos como “Feliz a nação cujo presidente
é evangélico” e nem utilizado para favorecer candidatos que se arroguem como
cristãos. (Sl 144.15)
42 – Repugnamos veementemente os chamados “showmícios” com
artistas evangélicos. Entendemos ser uma afronta ao verdadeiro sentido do
louvor a participação desses músicos entoando hinos de “louvor a Deus” para
angariarem votos para seus candidatos. (Ex 20.7)
43 – Cremos que o Reino também se manifesta na Igreja, mas é maior
que ela. Deus não está preso às paredes de uma religião. O Espírito de Deus tem
total liberdade para se manifestar onde quiser, independente de nossas
vontades. (At 7.48-49)
44 – Nenhum pastor, bispo ou apóstolo (ou qualquer denominação que
se dê ao líder da igreja local) é inquestionável. Tudo deve ser conferido
conforme as Escrituras. Nenhum homem possui a “patente” de Deus para as suas
próprias palavras. Portanto, estamos livres para, com base nas Escrituras,
questionarmos qualquer palavra que não esteja de acordo com as mesmas. (At
17.11)
45 – Ninguém deve ser julgado por sua roupa, maquiagem ou estilo.
As opiniões pessoais de pastores e líderes quanto ao vestuário e estilo pessoal
não devem ser tomadas como Palavras de Deus e são passíveis de questionamentos.
Mas que essa liberdade pessoal seja exercida como servos de Cristo, com
sabedoria e equilíbrio. (Rm 14.22)
46 – Que nenhum pastor, bispo ou apóstolo se utilize do versículo
bíblico “não toqueis no meu ungido” para tornarem-se inquestionáveis e isentos
de responsabilidade por aquilo que falam e fazem no comando de suas igrejas.
(Ez 34.2; 1 Cr 16.22)
47 – Que ninguém seja ameaçado por seus líderes de “perder a salvação”
por questionarem seus métodos, palavras e interpretações. Que essas pessoas
descansem na graça de Deus, cientes de que, uma vez salvas pela graça estão
guardadas sob a égide do sangue do cordeiro, de cujas mãos, conforme Ele mesmo
nos afirma, nenhuma ovelha escapará. (Jo 10.28-29)
48 – Que estejamos cada vez mais certos de que Deus não habita em
templos feitos por mãos de homens. Que a febre de erguermos “palácios” para
Deus dê lugar à simplicidade e humildade do bebê que nasce na manjedoura, e nem
por isso, deixa de ser Rei do Universo. (At 7.48-50)
49 – Que nenhum movimento, modelo, ou “pacote” eclesiástico seja
aceito como o ÚNICO vindo de Deus, e nem recebido com a “solução” para o
crescimento da igreja. Cremos que é Deus quem dá o crescimento natural a uma
igreja que se coloca sob Sua Palavra e autoridade. (At 2.47; 1 Co 3.6)
50 – Que nenhum grupo religioso julgue-se superior a outro pelo
NÚMERO de pessoas que aderem ao seu “mover”. Nem sempre crescimento numérico
representa crescimento sadio. (Gl 6.3)
51 – Que a idolatria evangélica para com pastores, apóstolos,
bispos, cantores, seja banida de nosso meio como um câncer é extirpado para
haver cura do corpo. Que a existência de fã-clubes e a “tietagem” evangélica
sejam vistos como uma afronta e como tentativa de se dividir a glória de Deus
com outras pessoas. (Is 42.8; At 10.25-26)
52 – Reafirmamos que o véu que fazia separação entre o povo e o
lugar santo, foi rasgado de alto a baixo quando da morte de Cristo. TODO
cristão tem livre acesso a Deus pelo sangue de Cristo, não necessitando da
mediação de quem quer que seja. (Hb 4.16; 2 Tm 2.15)
53 – Que os pastores, bispos e apóstolos arrependam-se de
utilizarem-se de argumentos fúteis para justificarem suas vidas regaladas.
Carro importado do ano, casa nova e prosperidade financeira não devem servir de
parâmetros para saber se um ministério é ou não abençoado. Que todos nós
aprendamos mais da simplicidade de Cristo. (Mt 8.20)
54 – Não reconhecemos a autoridade de bispos, apóstolos e líderes
que profetizam a respeito de datas para a volta de Cristo. Ninguém tem
autoridade para falar, em nome de Deus, sobre este assunto. (Mc 13.32)
55 – “O profeta que tiver um sonho, conte-o como sonho. Mas aquele
a quem for dado a Palavra de Deus, que pregue a Palavra de Deus.” Que sejamos
sábios para não misturar as coisas. (Jr 23.28)
56 – Que o ministério pastoral seja reconhecidamente um dom, e não
um título a ser perseguido. Que aqueles que exercem o ministério, sejam homens
ou mulheres, o exerçam segundo suas forças, com todo o seu coração e
entendimento, buscando sempre servir a Deus e aos homens, sendo realmente
ministros de Deus. (1 Tm 3.1; Rm 12.7)
57 – Que os cânticos e hinos sejam mais centralizados na pessoa de
Deus no que na primeira pessoa do singular (EU). (Jo 3.30)
58 – Que ninguém seja obrigado a levantar as mãos, fechar os
olhos, dizer alguma coisa para o irmão do lado, pular, dançar... mas que haja
liberdade no louvor tanto para fazer essas coisas como para não fazer. E que
ninguém seja julgado por isso. (2 Co 3.17)
59 – Que as nossas crianças vivam como crianças e não sejam
obrigadas a se tornarem como nós, adultos, violentando a sua infância e fazendo
com que se tornem “estrelas” do evangelho ou mesmo “produtos” a serem
utilizados por aduladores e pastores que visam, antes de tudo, lotarem seus
templos com “atrações” curiosas, como “a menor pregadora do mundo”, etc... (Lc
18.16; 1 Tm 3.6)
60 – Que as “Marchas para Jesus” sejam realmente para Jesus, e não
para promover igrejas que estão sob suspeita e líderes questionáveis. Muito
menos para promover políticos e aproveitadores desses mega-eventos evangélicos.
(1 Co 10.31)
61 – Nenhuma igreja ou instituição se julgue detentora da
salvação. Cristo está acima de toda religião e de toda instituição religiosa. O
Espírito é livre e sopra onde quer. Até mesmo fora dos arraiais “cristãos”. (At
4.12; Jo 3.8)
62 – Que as livrarias ditas “cristãs” sejam realmente cristãs e
não ajudem a proliferar literaturas que deturpam a palavra de Deus e que
valorizam mais a experiência de algumas pessoas do que o verdadeiro ensino da
Palavra. (Mq 3.11; Gl 1.8-9)
63 – Cremos que “declarações mágicas” como “O Brasil é do Senhor
Jesus” e outras equivalentes não surtem efeito algum nas regiões celestiais e
servem como fator alienante e fuga das responsabilidades sociais e
evangelísticas realmente eficazes na propagação do Evangelho. (Tg 2.15-16)
64 – Consideramos uma afronta ao Evangelho as novas unções como
“unção dos 4 seres viventes”, “unção do riso”, etc... pois além de não possuírem
NENHUM respaldo bíblico ainda expõem as pessoas a situações degradantes e
constrangedoras. (2 Tm 4.1-4)
65 – Cremos, firmemente, que todo cristão genuíno, nascido de
novo, já possui a unção que vem de Deus, não necessitando de “novas unções”. (1
Jo 2.20,27)
66 – Lamentamos a transformação do culto público a Deus em
momentos de puro entretenimento “gospel”, com a presença de animadores de
auditório e pastores que, vazios da Palavra, enchem o povo de bobagens e frases
de efeito que nada tem a ver com a simplicidade e profundidade do Evangelho de
Cristo. (Rm 12.1-2)
67 – É necessário uma leitura equilibrada do livro de Cantares de
Salomão. A poesia, muitas vezes erótica e sensual do livro tem sido de forma
abusiva e descontextualizada atribuída a Cristo e à igreja. (Ct 1.1)
68 – Não consideramos qualquer instrumento, seja de que origem
for, mais santo que outros. Instrumentos judaicos, como o shophar, não têm
poderes sobrenaturais e nem são os instrumentos “preferidos” de Deus. Muitas
igrejas têm feito do shophar “O” instrumento, dizendo que é ordem de Deus que
se toque o shophar para convocar o povo à guerra. Repugnamos essa idéia e
reafirmamos a soberania de Deus sobre todos os instrumentos musicais. (Sl 150)
69 – Rejeitamos a idéia de que Deus tem levantado o Brasil como o
novo “Israel” para abençoar todos os povos. Essa idéia surge de mentes
centralizadoras e corações desejosos de serem o centro da voz de Deus na Terra.
O SENHOR reina sobre toda a Terra e ama a todos os povos com Seu grande amor
incondicional. (Jo 3.16)
70 – Lamentamos o estímulo e o uso de “amuletos” cristãos como
“água do rio Jordão”, “areia de Israel” e outros que transformam a fé cristã
numa fé animista e necessitada de “catalisadores” do poder de Deus. (Hb 11.1)
71 – Que o profeta que “profetizar” algo e isso não se cumprir,
seja reconhecido como falso profeta, segundo as Escrituras. (Ez 13.9; Dt 18.22)
72 – Rejeitamos as músicas que consistem de repetições
infindáveis, a fim de levar o povo ao êxtase induzido, fragilizando a mente de
receber a Palavra e prestar a Deus culto racional, conforme as Escrituras. (Rm
12.1-2; 1 Co 14.15)
73 – Deixemos de lado a busca desenfreada de títulos e funções do
Antigo Testamento, como levitas, gaditas, etc... Tudo se fez novo em Cristo
Jesus, onde TODOS nós fomos feitos geração eleita, sacerdócio real, nação santa
e povo adquirido. (1 Pe 2.9)
74 – Que então os ministros e dirigentes de música sejam
simplesmente ministros e dirigentes de música, exercendo talentos e dons que
Deus livremente distribuiu em Sua igreja, não criando uma “classe superior” de
“levitas”, até porque os mesmos já não existem entre nós. (Rm 12.3-5)
75 – Que haja consciência sobre aquilo que se canta. Que sejamos
fiéis à Palavra quando diz “cantarei com o meu espírito, mas também cantarei
com meu entendimento”. (1 Co 14.15)
76 – Não consideramos que “há poder em nossas palavras” como
querem os adeptos dessa teologia da “confissão positiva”. Deus não está sujeito
ao que falamos e não serão nossas palavras capazes de trazer maldição ou benção
sobre quem quer que seja, se essa não for, antes de tudo, a vontade expressa de
Deus através de nossas bocas. (Gl 1.6-7)
77 – Rejeitamos a onda de “atos proféticos” que, sem base e
autoridade nas Escrituras, confundem e desvirtuam o sentido da Palavra, ainda
comprometendo seriamente a sanidade e a coerência das pessoas envolvidas. (Mt
7.22-23)
78 - Apresentar uma noiva pura e gloriosa, adequadamente vestida
para o seu noivo, não consiste em “restaurar a adoração” ou apresentar a Deus
uma falsa santidade, mas em fazer as obras que Jesus fez — cuidar dos enfermos
e quebrantados de coração, pregar o evangelho aos humildes, e viver a cada
respirar a vontade de Deus revelada na Sua palavra — deixando para trás o
pecado, deixando para trás o velho homem, e nos revestindo no novo (Tg 1.27)
79 – Discordamos dos “restauradores das coisas perdidas” por não
perceberem a mão de Deus na história, sempre mantendo um remanescente fiel à
Palavra e ao Testemunho. Dizer que Deus está “restaurando a adoração”,
“restaurando o ministério profético”, etc... é desprezar o sangue dos mártires,
o testemunho dos fiéis e a adoração prestada a Deus durante todos esses
séculos. (Hb 12.1-2)
80 – Lamentamos a transformação da fé cristã em shows e
mega-eventos que somos obrigados a assistir nas TVs, onde a figura humana e as
ênfases nos “milagres” e produtos da fé sobrepujam as Escrituras e a pregação
sadia da Palavra de Deus. (Jo 3.30)
81 – Deus não nos chamou para sermos “leões que rugem”, mas fomos
considerados como ovelhas levadas ao matadouro, por amor a Deus. Mas ainda
assim, somos mais que vencedores por Aquele que nos amou. (Lc 10.3; Rm 8.36)
82 – Entendemos como abusivas as cobranças de “cachês” para
“testemunhos”. Que fique bem claro que aquilo que é recebido de graça, deve ser
dado de graça, pois nos cabe a obrigação de pregar o evangelho. (Mt 10.8)
83 – Que movimentos como “dança profética”, “louvor profético” e
outros “moveres proféticos” sejam analisados sinceramente segundo as Escrituras
e, por conseqüência, deixados de lado pelo povo que se chama pelo nome do
Senhor. (2 Tm 4.3-4)
84 – Que a cruz de Cristo, e não o seu trono, sejam o centro de
nossa pregação! (1 Co 2.2)
85 – Reafirmamos que, quaisquer que sejam as ofertas e dízimos,
que sejam entregues por pura gratidão, e com alegria. Que nunca sejam dados por
obrigação e nem entregues como troca de bênçãos para com Deus. Muito menos
sejam dados como fruto do medo do castigo de Deus ou de seus líderes. Deus ama
ao que dá com alegria! (2 Co 9.7)
86 – Que a igreja volte-se para os problemas sociais à sua volta,
reconheça sua passividade e volte à prática das boas obras, não como fator para
a salvação, mas como reflexo da graça que se manifesta de forma visível e
encarnada. “Pois tive fome... e me destes de comer...” (Mt 25.31-46; Tg
2.14-18)
87 – Cremos, conforme a Palavra que há UM SÓ MEDIADOR entre Deus e
os homens – Jesus Cristo. Nenhuma igreja local, ou seu líder, podem arrogar
para si o direito de mediar a comunhão dos homens e Deus. (1 Tm 2.5)
88 – Lamentamos o comércio que em que se transformou a música
evangélica brasileira. Infelizmente impera, por exemplo, a “máfia” das rádios
evangélicas, que só tocam os artistas de suas respectivas gravadoras, alienam o
nosso povo através da massificação dos “louvores” comerciais, e não dão espaço
para tanta gente boa que há em nosso meio, com compromisso de qualidade musical
e conteúdo poético, lingüístico e, principalmente, bíblico. (Mc 11.15-17)
89 – Que os pastores ajudem a diminuir a indústria de testemunhos
e a “máfia” das gravadoras evangélicas. Que valorizem a simples pregação da
Palavra ao invés do espetáculo “gospel” a fim de terem igrejas “lotadas” para
ouvirem as “atrações” da fé. (1 Pe 5.2)
90 – Que sejamos livres para “examinarmos tudo e retermos o que é
bom”. (1 Ts 5.21)
91 – Somente as Escrituras. (Jo 14.21;17.17)
92 – Somente a Graça. (Ef 2.8-9)
93 – Somente a Fé. (Rm 1.17)
94 – Somente Cristo. (At 17.28)
95 – Glória somente a Deus (Jd 24-25)
Por José Barbosa Junior (organizador)
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