quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Verdades sobre a Reforma que ainda precisamos resgatar!


Verdades sobre a Reforma que ainda precisamos resgatar

 Alan Brizotti

Estamos na Semana da Reforma. 31 de outubro de 1517, Wittenberg,  Alemanha. Um novo tempo começava, das ânsias guardadas no cerne de  corações inflamados, surge uma nova forma, Reforma. Como um abençoado  eco de Wycliffe (1328-1384), cujos ossos foram queimados trinta anos  depois de sua morte, e de John Huss (1373-1415), o “ganso” que  profetizou sobre o “cisne”, um tempo de redescobertas começava.


Na  porta da igreja do castelo de Wittenberg, 95 teses começavam a  desmontar uma história de opressão teológica.  A vida de Lutero era  marcada por um demolidor peso de culpa e senso absurdo do pecado, até o  dia em que ele se depara com Rm.1.17, onde sua mente é aberta para a  verdade transformadora da justificação por graça e fé. No século XIX, a  frase mais conhecida da Reforma seria popularizada: “Ecclesia reformata  et semper reformanda est” (“A igreja reformada está sempre se  reformando”).

Quais são as principais verdades sobre a Reforma que ainda precisamos resgatar?

I – O resgate da justificação do pecador por graça e fé

Questão central do Evangelho: Como podemos, míseros pecadores, ser  alvos da graça de Deus? John Stott dizia que “ninguém entende o  cristianismo, se não entende a palavra ‘justificado’".  A justificação  por graça e fé começa onde há libertação dos esquemas de merecimento:  indulgências, peregrinações, penitências, ativismo eclesiástico.

Reafirmar  esse princípio nos leva a desmascarar teologias que priorizam o ter em  detrimento do ser. É o efeito Lutero destruindo a tirania do  merecimento.

II – O resgate da autoridade normativa das Escrituras

A  redescoberta do evangelho tem passagem obrigatória pela oração e estudo  da Palavra. Na época de Lutero, a hermenêutica estava presa aos  esquemas próprios e tendenciosos de interpretação da igreja.  A reforma  afirma que as Escrituras têm autoridade suprema sobre qualquer ponto de  vista humano. Não somos chamados a pregar uma teologia, mas o evangelho!

Lutero  dizia que “no momento em que lemos a Bíblia é quando o Diabo mais se  apresenta, pois tenta nosso coração a interpretar as verdades lidas  segundo nossa própria vontade, e não segundo a vontade soberana de  Deus”.

É preciso redescobrir a centralidade da Palavra.  Reafirmar esse princípio nos leva hoje a questionar nossa hermenêutica, a  assumir uma atitude bereana (At. 17. 10, 11), uma atitude de quem  pensa.


III – O resgate da igreja como comunhão dos santos

Lutero amava a igreja, não queria dividi-la, mas oferecer-lhe um  caminho de cura. A igreja era governada pelo Papa, e não por Cristo.  Somente o clero possuía a Bíblia, isso sem falar no acúmulo de riquezas e  poder da igreja enquanto o povo sofria na miséria (isso lembra alguma  coisa?). Para Lutero, a igreja é o “autêntico povo de Deus”, os líderes  servem à igreja, e não podem se servir dela. Por isso Lutero reafirmou o  sacerdócio geral de todos os crentes – todo cristão tem a  responsabilidade de anunciar o evangelho.

Reafirmar esse  princípio hoje, numa sociedade do egoísmo, do individualismo e da  indiferença, é assumir um chamado ao arrependimento. Esse arrependimento  abrange todos os “caciques denominacionais” que ainda exploravam o  povo, até às mentalidades ingênuas que, por preguiça mental, nunca  progridem na fé.

IV – O resgate da liberdade do cristão

Lutero redescobre o prazer de ser livre. Como somente Deus é livre, ele  nos concede a liberdade por meio de Jesus Cristo (Jo. 8.31,32 e 36).  Lutero perguntava: “para que serve a liberdade do cristão?”, ao que ele  mesmo respondia: “o cristão é livre para amar”. Estamos dispostos a amar  hoje?

Reafirmar esse princípio significa reavaliar todo e  qualquer sistema de submissão opressiva, legalismos asfixiantes,  estreitamentos neurotizantes, experiências carismáticas carentes de  misericórdia, que destroem a liberdade.


V – O resgate da centralidade da cruz de Cristo


Através da libertação em Cristo, o cristão se torna “um Cristo para os  outros”(Lutero), portanto, quem é cristão não pode dominar sobre os seus  semelhantes, sob pretexto algum. Antes, solidariza-se com o sofredor,  ajudando-o a carregar a cruz. Na cruz, o cristão vê crucificado o mundo.  Dela vem a nossa vocação para estabelecer o reino de justiça, igualdade  e paz. É o sinal supremo do amor de Deus.

Reafirmar esse  princípio significa voltar à verdade de que não somos celebridades, mas  servos. Como um cristão do passado dizia, “a vida oferece somente duas  alternativas: autocrucificação com Cristo ou autodestruição sem ele”.

Somos  chamados a discernir o espírito de cada época. Será que estamos  dispostos a assumir o “efeito Lutero” em nossa prática teológica atual?  Que a igreja seja sempre uma “igreja reformada, sempre se reformando”.



Alan Brizotti homenageando a reforma no Genizah 






Fonte:
http://www.genizahvirtual.com/2012/10/verdades-sobre-reforma-que-ainda.html

Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Halloween não é apenas uma brincadeira!


Halloween não é apenas uma brincadeira


Muita gente não sabe, mas o Dia das Bruxas, o Samhain ou Halloween, Ano Novo céltico (31 de outubro), tem uma conexão com o Dia de Todos os Santos da Igreja Católica Romana. Este era originalmente celebrado em maio, e não no primeiro dia de novembro.


No ano 608, o imperador romano Focas apaziguou o populacho dos territórios pagãos recentemente conquistados, permitindo-lhe combinar o antigo ritual de Samhain com o Dia de Todos os Santos. E, assim, o panteão de Roma, templo edificado para a adoração de uma multiplicidade de deuses, foi transformado em igreja.


Foram os imigrantes europeus, especialmente os irlandeses, que introduziram o Halloween nos Estados Unidos. Hoje, o Dia das Bruxas é muito importante para os lojistas, inclusive no Brasil. Salém, em Massachusetts (Estados Unidos), é a sede da bruxaria norte-americana. Ali celebra-se, na época do Halloween, o Festival da Assombração, para expandir a temporada turística de verão.


Tudo parece uma grande brincadeira, mas — conscientemente ou não — os participantes dessa festa estão se envolvendo com o ocultismo e o satanismo. Por outro lado, algumas denominações evangélicas, além de realizarem festas similares às juninas (o que já é um absurdo), estão promovendo também, no fim de outubro, uma espécie de Halloween, decorando o ambiente com abóboras, etc. Elas alteram o nome da brincadeira satânica para Jesusween ou Elohin!


Aos pastores destas igrejas quero apresentar um motivo melhor para festejar. Em vez de comemorarem o Dia das Bruxas, os pastores que se prezam deveriam se lembrar da Reforma Protestante. Na manhã de 31 de outubro de 1517, véspera do Dia de Todos os Santos, Martinho Lutero — sacerdote romanista, professor de teologia e filho de um minerador bem-sucedido — começou a questionar de modo mais contundente a Igreja Católica e a atacar a autoridade do papa.


Lutero, então, afixou na porta da Catedral de Wittenberg (pronuncia-se vitemberk) um pergaminho que continha 95 declarações. Estas, conhecidas como teses, eram quase todas relacionadas com a venda de indulgências (pacotes caros pagos pelo perdão, inclusive das pessoas que já haviam partido para a eternidade).


Em junho de 1520, Lutero foi excomungado por uma bula — decreto do papa que continha o seu selo oficial. Em dezembro do mesmo ano, com ousadia, ele queimou esse documento em reunião pública, à porta de Wittenberg, diante de uma assembleia de professores, estudantes e o povo. No ano seguinte, foi intimado a comparecer ante as autoridades romanistas, em Worms. E declarou: “Irei, ainda que me cerquem tantos demônios quantas são as telhas dos telhados”.


No dia 17 de abril de 1521, Lutero apresentou-se à Dieta do Concílio Supremo, presidida pelo imperador Carlos V. Para escapar da morte, teria de se retratar. Mas ele não faria isso, a menos que fosse desaprovado pelas próprias Escrituras. E asseverou perante todos: “Aqui estou. Não posso fazer outra coisa. Que Deus me ajude. Amém”.


Considerado herege, ao regressar à sua cidade Lutero foi cercado e levado por soldados ao castelo de Wartzburg, na Turíngia, onde ficaria “guardado”. Ali, ele traduziu o Novo Testamento para o alemão, obra que, por si só, o teria imortalizado. Ao regressar a Wittenberg, reassumiu a direção do movimento a favor da Igreja Reformada, e a partir daí os princípios da Reforma Protestante se espalharam por toda a Europa, com ajuda de homens de valor, como Ulrico Zuínglio, João Calvino, Jacques Lefevre, João Tyndale, Tomás Cranmer, João Knox, etc.


Assim como muitos teólogos estão fazendo hoje, os católicos romanos haviam substituído a autoridade da Bíblia pela autoridade da igreja. Eles ensinavam que a igreja era infalível e que a autoridade da Bíblia procedia da tradição. Os reformadores afirmavam que as Escrituras eram a sua regra de fé, de prática e de viver, e que não se devia aceitar nenhuma doutrina que não fosse ensinada por elas.


A Reforma devolveu ao povo a Bíblia que se havia perdido, passando a considerá-la a fonte primária de autoridade. Nesses tempos difíceis, em que muitos estão brincando com o pecado e até com festas satânicas, quantos cristãos sérios estão dispostos a protestar contra as heresias verificadas entre nós (2 Pe 2.1; At 20.28), à semelhança de Lutero?


Ciro Sanches Zibordi


Fonte:http://cirozibordi.blogspot.com.br/2012/10/halloween-nao-e-apenas-uma-brincadeira.html

Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Voce é Cessacionista?




Pastor, por favor me esclareça uma coisa: O senhor acredita na contemporaneidade dos dons do Espírito Santo? 

Pois é, volta e meia alguém me pergunta  se eu creio na contemporaneidade dos dons, a essas pessoas eu tenho  respondido que sim, entretanto, não são poucos aqueles que dizem: Ué? É possível  ser calvinista e crer nos dons espirituais? A estes eu também respondo: Claro que sim, por ser calvinista eu faço da Bíblia a minha única e exclusiva regra de fé, e devido a isso, sou levado a crer que os dons espirituais existem e são para os nossos dias e que são outorgados mediante o Espírito Santo aos  crentes em Jesus.

Veja por exemplo o que Paulo diz a respeito dos dons espirituais:  "Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes" (I Co 12.1). – Os termos que a Bíblia emprega para os dons espirituais descrevem a sua natureza. "Dons espirituais", (gr. pneumatika, derivado de pneuma, "espírito"). A expressão refere-se às manifestações sobrenaturais concedidas como dons da parte do Espírito Santo, e que operam através dos crentes, para o seu bem comum. Paulo assevera que esses dons fortalecem espiritualmente o corpo de Cristo e aqueles que necessitam de ajuda espiritual (Rm 12.6; Ef 4.11; 1 Pd 4.10).

Prezado leitor, creio nas Escrituras como a infalível palavra de Deus e em virtude disso sou tomado pela convicção que os dons não cessaram. Além disso,  afirmo sem titubeios que Deus é infinitamente poderoso para ainda hoje derramar sobre nós o seu Espírito  e conceder dons espirituais aos santos da mesma maneira como fez no passado.

Em Cristo,
Renato Vargens


Opinião do Blog: Eu não sou cessacionista, simplesmente porque vemos que a  própria escritura não dá margem à essa interpretação, porque em todos os versos citados pelo apóstolo Paulo o mesmo informa do propósito de cada dom, então seria incoerente com a própria opinião do amado apóstolo!

Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O que está acontecendo com nossos pastores?


O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM NOSSOS PASTORES?

Por José Pontes
Prezado amigo, colega, companheiro líder, estou escrevendo essas poucas letras direto para você e também para mim mesmo. Poucos minutos antes de escrever essas poucas linhas, recebi um telefonema de um querido pastor e sua primeira palavra foi: PR. PONTES, VOCÊ TEM UM TEMPO PARA ME OUVIR? Falei que sim, foi então que ele me disse da sua dificuldade em ter amigos, dificuldades em se abrir e desconfianças com sua própria igreja e denominação. Disse-me ele: “preciso de alguém que me escute sem me julgar, sem me condenar, etc… etc… etc…” Conversamos por longos minutos, aliás, falei muito pouco, muito pouco mesmo, ele, no entanto, falou o tempo todo, do seu medo, das suas angústias, das suas inquietantes preocupações com a igreja, com sua família, com sua própria vida; depois chorou, chorou muito, sozinho pela manhã, disse-me ele. Depois me perguntou: “Pr. Pontes, o que está acontecendo com nós pastores? Será que isso é Deus trazendo juízo?” Pois, segundo ele, na sua cidade existem muitos pastores tristes, deprimidos, tomando remédios para conseguir conciliar o sono.
Fiquei a ouvir atento aquele amado colega que passa por uma forte crise depressiva, existencial; fiquei realmente a pensar o que na verdade está acontecendo conosco, “líderes” do rebanho de Deus. Comecei então a pensar em algumas possibilidades que quero compartilhar com você querido leitor dessa coluna, são elas:
Primeiro: Acho que nos últimos anos, nós pastores passamos a viver e praticar mais uma religião do que viver a SIMPLICIDADE DO EVANGELHO.
Segundo: As instituições passaram a ter um poder e um domínio fortíssimo sobre os seus líderes; as pessoas, o rebanho passaram a ser segundo plano.
Terceiro: O pastor não tem pastor que cuide dele mesmo. Não tem amigos, se isola, às vezes é autossuficiente.
Quarto: As igrejas locais estão abarrotadas de programações e atividades, e isso gera muito peso, muito trabalho e pouca produção de santidade e crescimento espiritual sadio.
Quinto: O pastor não prioriza seu casamento nem seus filhos.
Sexto: Existe no meio pastoral muita indisciplina do seu tempo e no cuidado do seu próprio corpo e da sua saúde mental.
Sétimo: Muitos pastores querem pastorear a geração de hoje com os mesmos métodos e formas de 10, 20 anos atrás – isso gera angústia e impotência. Bem, esses são apenas alguns aspectos do que considero como combustíveis que estão alimentando essa forte crise do meio pastoral. AGORA, A PERGUNTA É: FORAM APONTADOS OS POSSÍVEIS ERROS, MAS QUAL A SOLUÇÃO ?
Respondo de forma mais simples possível: se o líder quer dar um novo rumo a sua vida ou mesmo fazer consigo mesmo um trabalho preventivo contra essa crise que assola a liderança, então é copiar cada um dos pontos acima, refletir e começar a combater UM POR UM. Levando isso a sério, o líder será mais saudável nos mais variados aspectos.
ENTÃO, MÃOS A OBRA, OU SENÃO FIQUE NO MESMO ESTADO E DAQUI A ALGUNS DIAS ESTAREMOS NOS CONSULTÓRIOS PSIQUIÁTRICOS E PSICOLÓGICOS.
MAS, ACONSELHO A MIM E A VOCÊ: FAÇAMOS A CERTO HOJE PARA AMANHÃ NÃO ESTARMOS CHORANDO.
Abraço amigo,
Pr. José Pontes
(Fonte: Site da Vinacc)
***
Quando li o texto me comovi e roguei a Deus por esses verdadeiros atalaias do Senhor que por frustrações e precipitações da vida estão sofrendo e assim como as ovelhas, também precisam de serem cuidadas, tratadas e saradas em Cristo Jesus.
Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Pentecostalismo, Espiritualidade 171 e Avenida Brasil!


Caio Fábio: "Tufão da novela Avenida Brasil é mais gente de caráter do que a maioria dos pastores."


PENTECOSTALISMO, ESPIRITUALIDADE 171 E AVENIDA BRASIL





Existem muitos modos de “ver” as coisas que concernem a “Deus” [conceito] e à “espiritualidade” [prática do conceito espiritual no qual se crê].
Nem de longe é meu objetivo discorrer sobre as principais vertentes dessas espiritualidades; afinal, teria que ser um imenso de um livro o projeto que sequer pretendesse arranhar as multi-gamas dessas variáveis de olhar espiritual entre os humanos.
Atenho-me ao nosso meio imediato: o mundo cristão evangélico!

Ora, no ambiente chamado “evangélico” [que cobre hoje todos os grupos não católicos de confissão bíblica no país] — foi o Pentecostalismo [de todos os matizes] o introdutor de um pressuposto devastador para a produção de uma consciência carregada de caráter e honestidade nas práticas da vida.

O Pentecostalismo, em linhas gerais, não é predestinista-divino da segurança da salvação [como são os Reformados], embora seja predestinista-humano do inferno, quando pela certeza de que “fora dos cultos e das frequências e filiação à igreja local não há salvação”, com imensa facilidade danam toda a humanidade não igrejada no fogo...; sim, e isso por um tempo de duração eterna.

Assim nasce a ufania de que o crente pentecostal tem um poder espiritual maior do que todos os demais, pela certeza de que se houver observância aos ditames morais e aos costumes espirituais da “igreja” a pessoa se torna santa, e, portanto, superior a todos os demais humanos no planeta [caso não faça nenhuma irregularidade bíblico comportamental e jamais deixe de obedecer ao seu pastor ou líder].

Além disso, se ensina também [sem a frase explicita, mas nas entrelinhas] que “Deus é Pentecostal”, depois “evangélico”, e, depois de tudo..., quem sabe..., talvez... Deus seja “cristão” no sentido lato do termo. Mas apenas muito “quem sabe”...

Quando falo de “Igreja Pentecostal” me refiro mais ao conceito e práticas do que ao um nome ou placa. Que fique entendido; até porque a “igreja evangélica” que não é publicamente pentecostal, na prática das coisas, todavia, o é quase que na sua totalidade.
A crença é a seguinte: “Deus” tem um borogodó que os pentecostais que não tem com mais ninguém!

A eles “Deus” deu muitos poderes, especialmente aos seus líderes...

Sim, deu-lhes o poder de falar em línguas, de profetizar, de curar, de repreender o diabo, de comandar anjos, de condenar homens ao inferno, de separar o joio do trigo, de dizer o que é certo e errado para os outros todos, de intervir nos governos, de enquadrar as minorias, de acusar os que não são “evangélicos” de serem “o mundo”; e mais: deu-lhes o poder de darem ordens a “Deus”, de ordenar-Lhe o que “fé/desejo/capricho/nosso”. Sim, deu-lhes o poder de determinar [caso a pessoa não esteja devendo nada à “igreja”].

Porém, mais do que tudo, “Deus” os tornou os “Seus” representantes autorizados no planeta; assim..., eles também têm o poder de amaldiçoar, de abençoar conforme o interesse, de cobrar e receber dinheiro de “Deus”, de criarem “campos de força espiritual” [a cobertura]; além de que são eles que decidem o que Deus liga nos céus ou desliga na terra, conforme a determinação deles.

Ah, o “Eterno” também deu a eles o poder de “lavar o dinheiro de Deus”. 
O dinheiro pode ser roubado, mas se devidamente dizimado na “igreja”, está lavado.
O dinheiro pode ser de drogas, mas, dedicado à igreja, se torna santo.
O dinheiro pode ser da máfia, porém, se for tirado o dizimo do bruto, tudo está legalizado por “Deus”.

Ora, como o Pentecostalismo é revelacionista existencial... [embora creia no livro Bíblia e dele faça suas doutrinas; [adorando o livro como um ente sagrado], ainda que se dizendo uma fé bíblica, de fato, a qualquer momento, por causa do modo intimo e diferenciado que “Deus” trata os “Seus herdeiros pentecostais”, o que a Bíblia diz pode se tornar uma Lei Para Todos, mas não para o ente revelacionista existencial pentecostal; posto que para ele “Deus” dê novas “revelações”, as quais podem “abrir para o crente pentecostal somente” [...] uma porta especial e inigualável; a qual, para os demais homens “sem revelação” está vetado o entrar, mas para o “ungido” está legalizado pelo Senhor.

E tem mais: se o que estiver em jogo for a prosperidade da causa do “Evangelho ou da Igreja”, vale tudo!
Sim; vale tudo!
Querem que eu cite histórias aos milhares para demonstrar que é assim que é?
Desse modo, até a oração é “adianto indevido” pro lado do “crente”.

O sujeito não estuda, não trabalha, não se esforça, não aprende, diz que tudo coisa do “mundo”, e diz: “Eu determino que sou cabeça e não cauda, e, portanto, saiam os ímpios do meu caminho porque sou filho do Rei!”

Sendo assim, ser filho de “Deus” é ser um playboy filho de mafioso culpado e que realiza todos os caprichos de seu filho bandido e arrogante.
Ora, esse conceito se espraia para todas as dimensões da vida... Sim, literalmente altera tudo no olhar do individuo e mata o seu caráter e a sua humanidade fundamental, roubando-lhe a benção da consciência justa, e, assim, dando a tal individuo a espiritualidade 171 dos estelionatários.

Na verdade o homem se torna o que ele confessa como espiritualidade. Tudo nele passa a ser a imagem e semelhança de sua confissão e entendimento. 

Desse modo, me diga; sim, sendo assim, me diga: 

TENDO ESSE “DEUS” E DESENVOLVENDO ESSA “ESPIRITUALIDADE”... COMO É POSSÍVEL VIVER EM HUMILDADE, SERVIÇO, COMPAIXÃO, ENTREGA, SOLIDARIDADE INSDISCRIMINADA, HONESTIDADE, BONDADE, TRANSPARENCIA E REVERENCIA PARA COM TUDO E TODAS AS COISAS NA EXISTÊNCIA, QUANDO TUDO O MAIS É PARA SER USADO PELOS NOSSOS CAPRICHOS BREGAS, SEMELHANTES AOS DESEJOS COTIDIANOS EXPRESSOS NA CIDADE RELIGIOSA CHAMADA DE DIVINO NA NOVELA AVENIDA BRASIL?

Assim, digo: a coisa ficou tão 171 em tudo que não titubeio em afirmar que o personagem Tufão da novela Avenida Brasil é muito mais gente de caráter do que a maioria dos pastores 171 que em nome de “Deus” fazem do povo os “bichos do jogo”.

Com tal espiritualidade não é possível viver com lucidez, sobriedade, simplicidade, humanidade, solidariedade indiscriminada e caráter de Cristo em nós.

Entenda: falei não de pessoas e nem de uma sigla, mas apenas de um espirito que permeia quase toda a espiritualidade “evangélica”.

Sem medo de ser julgado, pois Nele falo com sinceridade,


Caio – 20/10/12- Lago Norte – Brasília – DF

www.caiofabio.net
www.vemevetv.com.br

Confira o texto publicado no Facebook do Pastor Caio Fábio




Fonte:
http://www.genizahvirtual.com/2012/10/caio-fabio-tufao-da-novela-avenida.html

Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Ensinando nossos filhos a matar!


ENSINANDO NOSSOS FILHOS A MATAR!


Dani Marques

O mundo confundiu todas as distinções de certo e errado, entre próprio e impróprio, entre valioso e sem valor, entre humano e desumano. Umas das nossas principais tarefas como pais é opor-se a cultura. O lixo que a mídia oferece às nossas crianças, precisa ser destruído, um por um! O chamado para a responsabilidade dos pais, aumenta na mesma proporção da irresponsabilidade da mídia e do mercado. Lixo está sendo oferecido aos nossos filhos? Basta dizer não! A TV está sendo prejudicial? Desligue-a. Há mensagens sobre sexo, drogas, violência e adultério em toda parte? Oponha-se a cultura. Verifique a faixa etária dos programas de TV, leia os títulos e letras de músicas dos CDs, descubra se há programas inapropriados na casa dos vizinhos e amiguinhos, mantenha-se o tempo todo em contato com a escola e no seu tempo livre, ganhe o sustento da família.

As crianças de hoje tem sido bombardeadas com mais idéias perigosas do que qualquer outra geração da história. A tarefa dos pais para protegê-las das instruções de "sexo seguro" na escola, da linguagem profana e das múltiplas tentações, tem sido uma tarefa assustadora! Predadores estão por todos os lados, inclusive na nossa casa, através da TV, internet e jogos de vídeo-game. É triste que os pais tenham que lutar incansavelmente para preservar o bom senso e a decência em casa.

Lembram-se do menino de 12 anos na Flórida, Lionel Tade, que espancou uma menina de 6 anos até a morte, esmagando o crânio dela e dilacerando o seu fígado? Ele contou que havia assistido os lutadores de luta livre na televisão e queria treinar seus movimentos. Infelizmente a Federação Mundial de Luta Livre e seus patrocinadores não arcaram com a responsabilidade sobre esta tragédia.

MTV. Se ainda duvida que esta emissora está explorando e seduzindo nossos jovens, sugiro que assista a uma de suas transmissões populares. Elas deveriam causar calafrios a sua alma! Quantos meninos são suficientemente imaturos e instáveis para imitar o comportamento que estão assistindo? A maioria dos garotos, suspeito eu. A indústria de música rock ganhou o prêmio por produzir o material mais escandaloso para jovens. Você se dá ao trabalho de traduzir as letras das músicas que seu filho anda escutando? Aí vai uma delas:

"Sua garganta, eu agarro - pode sentir a dor? Seus olhos se reviram - pode sentir a dor? Seu coração pára de bater - pode sentir a dor? Orgasmos negros - não sente a dor? Beijo sua pele sem vida - não sente a dor? Aí está você minha preciosa alma partida." (My Gift to You - Korn). O CD que contém esta música ficou em primeiro lugar nas listas e vendeu mais de dois milhões de cópias!

O que acontece nas universidades atualmente é outra história triste, onde o pós-modernismo é aceito e o sexo sem compromisso e a bebedeira é usual todos os fins de semana. Onde estão os pais que pagam as contas para esse tipo de loucura?
A maioria deles está ocupada ou desmoralizada demais para tomar providências contra aqueles que estão desmoralizando seus filhos. Os que pensam que tudo isso é diversão inofensiva e que devemos nos despreocupar e relaxar, precisam abrir os olhos! Que mensagem estamos passando para nossos adolescentes imaturos? Os pais de hoje definem-se como aliados das crianças, fornecendo-lhes tudo o que precisam para tomarem suas próprias decisões. Mas será que é realmente isso que elas precisam? Desculpe, mas meus filhos precisam de pais que sejam pais, e não de apenas amigos. Não é fácil dizer "não" e ficar firme, mas estou pronta pra isso!

E quanto a violência? É fato estabelecido que a mente humana aceitará até as experiências mais horríveis e repugnantes se tiverem tempo para ajustar-se e forem acompanhadas por um raciocínio que desarme as defesas. Alguns cientistas estudaram o comportamento de assassinos nazistas após a guerra e constataram que o excesso de exposição à brutalidade havia os endurecido aos sofrimento dos inocentes a até aos gritos das criancinhas. O processo mental pelo qual os seres humanos aprendem a aceitar o que antes achavam repugnante é conhecido como dessensibilização. E é exatamente isso que temos feito com nossos filhos expondo-os à imagens violentas nos filmes, jogos de vídeo-games e inclusive aos desenhos! As crianças pequenas não estão aprendendo apenas a bater ou matar, mas também a permanecer insensíveis quando pessoas são espancadas, cabeças são cortadas e o sangue é espalhado por toda a parte. Como qualquer indivíduo racional pode negar este elo entre a violência virtual e a violência real?

Outro perigo é a pedofilia e a pornografia. É inevitável que as crianças que navegam livremente na internet tropecem nesse tipo de material. A fim de seduzir as crianças e adultos a pagar por um site pornográfico, os fornecedores de pornografia oferecem provocações quase que irresistíveis! Se um menino clicar na palavra "brinquedos", umas das opções que podem surgir é "brinquedos sexuais". Se uma menina clicar num site chamado "cavalo do amor", ela pode ver images de uma mulher fazendo sexo com um cavalo.

De acordo com a American Safe Foundation, 53% dos adolescentes disseram que passaram ocasionalmente por sites contendo pornografia, ou material baseado em ódio ou violência. Mais de 91% declararam ter tropeçado involuntariamente nessas coisas terríveis enquanto estudavam na escola ou surfavam na internet. Os pais deixam seus filhos em bibliotecas e lan houses e não fazem ideia do que acontece lá dentro. Ainda duvida que a cultura está em guerra com a família?

A pornografia e a obscenidade constituem uma terrível ameaça para nossas crianças. Uma única exposição a elas é o necessário para criar um vício que os escravizará por uma vida toda. Aconselhei um moço que era viciado em masturbação e pornografia. Ele me contou que começou quando ainda era pré-adolescente, vendo as imagens sensuais expostas na mecânica de seu avô. A pornografia vicia mais do que heroína ou cocaína. Essa foi uma das conclusões extraídas durante a Comissão sobre Pornografia e Procuradoria Geral nos Estados Unidos.

O ponto focal do interesse sexual não é bem estabelecido entre adolescentes e jovens. Ele pode ser redirecionado por uma experiência sexual precoce (desejada ou não) ou pela exposição à pornografia. Um rapaz que poderia ser normalmente estimulado por uma chefe de torcida, por exemplo, mediante a obscenidade, pode aprender a sentir-se excitado machucando alguém, no sexo com animais ou fazendo sexo com crianças pequenas. Foi o caso de Tedy Bundy, condenado à execução por ter matados mais de 28 mulheres. Ele confessou que com 13 anos descobriu um material pornográfico, e no meio dele encontrou imagens de mulheres semi-nuas sendo atacadas. Ele achou estas figuras extremamente excitantes e começou assim uma vida trágica que terminou numa cadeira elétrica.

Segundo pesquisa recente, as crianças entre 2 e 18 anos passam em média cinco horas e vinte e nove minutos assistindo televisão, ouvindo música, ou jogando jogos de computados ou vídeo-games. Esse total aumenta para crianças maiores de 8 anos, que passam quase 48 horas por semana envolvidas em algum tipo de atividade relacionada a mídia. A pesquisa também revelou que 53% das crianças tem televisão no quarto (32% de 2 a 7 anos e 65% de 8 a 18 anos) e 70% das crianças tem rádios em seu quarto e 16% computadores.

O homem obsceno que bate na porta da frente, passou a residir no quarto das crianças. Estamos cansados demais para vigiar e cuidar daqueles a quem mais amamos. Mal sabemos o que eles fazem na nossa própria casa, que vergonha! Recomendo urgentemente que tire do quarto do seu filho todas essa peças e coloque-as na sala de estar, onde possam ser monitoradas e onde o tempo gasto nelas possa ser regulado. Como poderia fazer menos pelos seus filhos? Esses dias escutei um pai compartilhando a fala de seu filho: "Pai, quantas amantes você tem?" Observe que o garoto não perguntou se o pai possuía alguma amante, mas sim "quantas" ele tinha. As novelas estão ensinando os nossos filhos que adulterar é normal! Se seus filhos estão afim de assistir algum programa, sente ao lado deles e assista junto. O que vocês vêem juntos, pode se tornar uma situação de ensino e orientação para que eles aprendam a tomar decisões certas por si mesmos quando forem mais velhos.

Eles provavelmente resistirão aos nossos esforços para filtrar a sujeira que invadiu os nossos lares, mas no fundo sabem que é certo. Todavia, antes de fazer este julgamento, você tem que assistir com seus filhos para saber o que requer atenção. Compartilhe e converse com eles sobre a seguinte passagem: "...tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas." Filipenses 4:8

Se a televisão não puder ser dominada, pode tentar desligá-la da tomada, desativá-la ou eliminá-la da sua casa. Se o computador pessoal se tornar um problema, livre-se dele também. Reúna então a família e desfrutem de momentos especiais juntos! Coloquemos o bem estar de nossos filhos acima de nossa própria conveniência e ensinemos a eles a diferença entre certo e errado. Eles precisam ouvir e aprender que Deus é o autor de seus direitos e liberdades. Vamos ensinar-los que Ele os ama e prescreve um alto nível de responsabilidade moral.

O pós-modernismo é o câncer que apodrece a alma da humanidade. O credo que proclama: "Se for bom, faça!" encheu grande número de hospitais, muitas celas de prisão, muitos caixões e trouxe muita dor e sofrimento aos pais confusos. Vamos prometer juntos, hoje, estabelecer os mais altos padrões de ética e moral para nossos filhos e protegê-los, o mais possível do mal e da morte. Vamos ensiná-los que existe um ÚNICO caminho que pode levá-los da morte para a Vida: "Disse Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim." João 14:6


Trechos extraídos do livro Educando Meninos, de James Dobson. Adaptado e comentado por Daniela Marques.



Dani Marques é colaboradora do Genizah


Fonte:
http://www.genizahvirtual.com/2012/10/ensinando-nossos-filhos-matar.html

Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Ecumenismo, avanço ou uma ameaça à Igreja?


ECUMENISMO, AVANÇO OU UMA AMEAÇA À IGREJA?

Por Rev. Hernandes Dias Lopes
Está na moda o diálogo inter-religioso. Vivemos a época do inclusivismo, fruto da ideia pós-moderna, que não existe verdade absoluta. Muitos pastores, em nome do amor, sacrificam a verdade e caem nessa teia perigosa do ecumenismo. Precisamos afirmar que não existe unidade espiritual fora da verdade, assim como luz e trevas não podem coexistir. Não podemos ser um com aqueles que negam a salvação pela graça de Cristo Jesus. Não é um ato de amor deixar que aqueles que andam pelo caminho largo da condenação sigam “em paz” por esse caminho de morte. Esse falso amor tem cheiro de morte. Essa atitude de dar as mãos a todas as religiões, numa espécie de convivência harmoniosa, acreditando que toda religião é boa e leva a Deus é uma falácia. Toda religião é vã a não ser que pregue a Cristo, e este crucificado. Toda religião afasta o homem de Deus, a não ser que anuncie Jesus Cristo como o único caminho para Deus! Vamos deixar esse discurso falacioso de amor a todos, e vamos amar de verdade às pessoas, de todas as religiões, pregando a elas, com senso de urgência, o evangelho que exige arrependimento e fé e oferece vida eterna.
Obviamente, a união de todas as religiões e de todas as crenças não é um avanço, mas uma ameaça à igreja de Cristo. O que está por trás dessa tentativa de unir todas as crenças é a heresia de que toda religião é boa e todo o caminho leva a Deus. O ecumenismo, o diálogo inter-religioso e a fraternidade com todos os credos é um engano fatal. É um falso entendimento do que Jesus ensinou sobre a unidade espiritual da igreja. Não há unidade espiritual fora do evangelho de Cristo. O argumento de que Jesus acolheu publicanos e pecadores e por isso devemos receber todos os credos é uma falsa interpretação do texto bíblico. O amor não é um substituto da verdade. Todos são convidados a vir a Cristo, mas de todos é exigido arrependimento e fé.
É preciso alertar, ainda, que essa frouxidão doutrinária do liberalismo desemboca na relativização moral. O entendimento pós-moderno é que cada um tem sua própria verdade. A verdade deixou de ser objetiva para ser subjetiva. Com isso, assistimos, estarrecidos, não apenas um ataque aos valores morais, mas uma inversão dos valores morais. O profeta Isaías já havia denunciado essa atitude: “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!” (Is 5.20). É isso que estamos vendo na mídia todos os dias. Faz-se apologia do aborto, do adultério, do homossexualismo, da violência e da mentira. Porque uma ideia falsa foi plantada no passado, estamos fazendo uma colheita desditosa no presente. A igreja de Cristo precisa estar firme contra todas essas ondas de engano e permanecer inabalável no cumprimento de sua vocação de levar o evangelho a toda criatura, em todo o mundo.
***
Fonte: Palavra da Verdade. Divulgação: Púlpito Cristão.
Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Quem vai me impedir de assistir a novela "Salve Jorge"?


Quem vai me impedir de assistir a novela "Salve Jorge"?





Hermes C. Fernandes


Está marcada para hoje a estreia da nova novela das 9 na Rede Globo de Televisão. Imagino a tensão que deve envolver o lançamento de uma novela para substituir um fenômeno como foi “Avenida Brasil”. Não bastasse isso, eis que surge nas redes sociais uma campanha de boicote ao folhetim. De acordo com os promotores da campanha, o título da novela seria um insulto aos evangélicos, pois implicaria numa invocação a Ogum, entidade venerada por cultos afro-brasileiros, que graças ao sincretismo, é identificada com Jorge da Capadócia, ou simplesmente, São Jorge, santo da devoção católica. Alguns chegam a sugerir que assistir a “Salve Jorge” poderia atrair maldições.

Em se tratando de marketing, creio que Rede Globo deu um tiro no pé. Não dá pra prescindir da audiência de 40 milhões de evangélicos. A Rede Record agradece!

É claro que alguns pastores se aproveitarão para tentar incrementar a frequência dos seus cultos, abalada nas últimas semanas de “Avenida Brasil”. Nada mais eficaz do que usar o medo para coibir que os crentes deem audiência à nova novela.

Prefiro ficar fora deste tipo de campanha, por entender que qualquer que seja nossa postura, deve ser fruto de uma consciência bem resolvida e não de um boicote idiota, bem ao estilo do promovidos pelos crentes americanos aos produtos da Disney. Isso revela o grau de imaturidade e alienação em que a igreja brasileira se encontra.

Quem imagina que isso seja um fenômeno recente no cristianismo, deve checar suas fontes. A igreja em Colossos sofreu o assédio deste tipo de fundamentalismo. Paulo, como defensor da liberdade cristã, combateu-o ferozmente. “Tende cuidado”, adverte o apóstolo, “para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo”. E argumenta: “Se estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos sujeitais ainda a ordenanças, como se vivêsseis no mundo, como: Não toques, não proves, não manuseies? (estou certo de que se fosse hoje, ele incluiria “não assistas”). Todas essas coisas estão destinadas ao desaparecimento pelo uso, porque são baseadas em preceitos e ensinamentos dos homens. Têm, na verdade, aparência de sabedoria, em culto voluntário, humildade fingida, e severidade para com o corpo, mas não têm valor algum contra a satisfação da carne” (Cl.2:8,20-23).

Ninguém tem o direito de meter-se na vida privada do seu semelhante, prescrevendo o que deve ou não ser assistido, consumido, ouvido, etc. Cada qual deve avaliar por si mesmo. Para isso, temos recebido o Espírito Santo de Deus.

Se eu estiver em casa, e a novela estiver sendo exibida, nada me impede de parar e assisti-la. Se chegar alguém na hora, não vou trocar de canal. “Pois por que há de a minha liberdade ser julgada pela consciência de outrem?” (1 Coríntios 10:29). Foi para a liberdade que Cristo nos libertou!

Caso eu resolva não assistir, terei minhas próprias razões. Não será por medo de maldição. Nem por boicote que serve aos interesses da emissora concorrente. Não sou obrigado a assistir, tampouco obrigado a não assistir. Minha consciência que decidirá.

Quanto ao título do folhetim, não me causa qualquer mal-estar. Basta conhecer um pouco a história de Jorge da Capadócia para se dar conta de quem foi um homem temente a Deus, que morreu por amor ao Evangelho e por posicionar-se contrário à idolatria.

Também não estimulo ninguém a ausentar-se do culto para assistir a qualquer que seja a novela, seriado, filme, ou mesmo, algum programa evangélico. O culto ao Senhor é insubstituível. Quem se banqueteia com o Senhor jamais vai trocar o pão que vem do céu por um prato de lentilhas azedas.

Um povo bem alicerçado na Palavra saberá ver de tudo, retendo somente o que for bom. Somos pastores, não xerifes ou censores. Nosso papel é ensinar e ser exemplos, não policiar e cercear a liberdade daqueles que nos foram confiados.



Hermes Fernandes não dá refresco para legalista e nem poupa hipócrita.





Fonte:
http://www.genizahvirtual.com/2012/10/quem-vai-me-impedir-de-assistir-novela.html

Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Casamento "Amarrotado", mas de "Papel Passado"


Casamento “Amarrotado”, mas de “Papel Passado”



Carlos Moreira

O personagem de Alexandre Borges na novela “Avenida Brasil”, da Rede Globo é, sem dúvida, um dos papéis mais hilários do ator. “Cadinho”, um rico empresário, bon vivant, é casado com 3 mulheres ao mesmo tempo e possuí 3 filhos, um com cada uma delas.

Até aí, levando-se em consideração as idiossincrasias dos “tempos modernos”, dá para entender, pois, decerto, o cara é mesmo bom de enganação. O inusitado, todavia, é que em certo momento da trama, “Cadinho” passa a viver simultaneamente com as três mulheres, e isso de forma consensual, ou seja, ele torna-se uma espécie de marido on demand, tendo que cumprir uma agenda semanal na qual busca atender as necessidades de cada uma delas.

Não obstante tudo isso, mesmo não podendo ser “casado” com todas as “esposas”, tendo sobre si as implicações legais, os relacionamentos de “Cadinho” são legítimos, uma vez que ele mantém um convívio estável com cada uma delas. É que no Brasil não existe crime de “poligamia”, mas de “bigamia”, previsto no artigo 235 do código penal, o qual trata do fato de você tentar fazer o registro em cartório de um casamento já tendo outro registrado anteriormente.

Assim, do ponto de vista civil, pode-se ter quantas mulheres quiser, sem que isto incorra em crime, mas apenas um casamento registrado em cartório, não esquecendo que uniões estáveis possuem os mesmos direitos daquelas de “papel passado”. Quem consentir em viver nestas condições, que o faça, de livre e espontânea vontade.   

Na verdade, “Cadinho” tem, ao mesmo tempo, três mulheres e nenhuma. Sim, por que ter um casamento não significa ter filhos em comum, ou uma casa, bens, dormir no mesmo quarto, na mesma cama, ir junto a lugares, festas, fazer supermercado, pagar contas, e até ter relações sexuais! Nada disto define um casamento! Casamento não é uma existência a dois, mas, dois que, na existência, se fazem um em essência.

É triste, mas há muitas pessoas “casadas” que jamais se casaram. Elas se “deram” no papel, mas não se entregaram no coração, juntaram coisas, mas não partilharam sonhos, conviveram, mas não compreenderam o significado de conjugalidade, habitaram o mesmo ambiente, mas nunca os "cômodos" da alma um do outro, fizeram sexo e não amor, geraram filhos, mas não puderam criá-los tendo o casamento como referência de relacionamento.

Neste sentido, a bíblia nos dá uma dica sobre o que é casamento: “... Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne”. MT. 19:5.

Há três implicações profundas para que algo desta natureza possa se estabelecer sobre o passadiço da vida: (1) “deixar pai e mãe”, que tem a ver com a quebra dos vínculos emocionais, ou seja, é a emancipação do sujeito como indivíduo capaz de dar rumo e significado a própria vida. 

(2) “Unir-se a sua mulher”, que diz respeito ao ato público de assumir um estado existencial com as prerrogativas de poder mantê-lo e provê-lo de todas as suas necessidades sociais. Uniões só se estabelecem de forma duradoura quando partilham de valores e princípios, pois, como disse o profeta Amós: “como andarão dois juntos se não houver entre eles acordos?”.   

(3) Finalmente, “ser uma só carne”, que trata das implicações espirituais daqueles que se unem fisicamente para o bem, pois sexo não é apenas coito, mas um ato que “mistura” a essência das pessoas. Sim, nele há a liberação do que de mais íntimo há em nós, e não apenas de fluídos, com desdobramentos para além dos sentimentos, pois depositamos um pouco de quem somos no outro e trazemos para nós um pouco daquilo que o outro é. Sexo é simbiose de alma e partilha de espírito, é troca para além da matéria, é coisa transcendental, muito antes de ser carnal.

Portanto, preste bem atenção no tipo de relacionamento que você está construindo! Não chame de casamento o que é apenas um contrato por cotas limitadas, com objetivos comuns, divisão de tarefas, participação nos resultados e geração de ativos.

Contudo, se quiser mesmo viver um casamento, dou-te um conselho: pense mais no outro do que em você, entregue-se sem receios ou reservas, ame com toda a intensidade, sabendo que amor é uma opção, não um sentimento, faça filhos por amor e sexo sem pudor. Não esqueça, todavia, o principal: peça para que Deus lhe ajude a construir uma família, não uma empresa. 


Carlos Moreira é editor assistente do Genizah e escreve também na Nova Cristandade.


Fonte:
http://www.genizahvirtual.com/2012/10/casamento-amarrotado-mas-de-papel.html

Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A Fragmentação da "Esquerda" Evangélica em Questão!


A FRAGMENTAÇÃO DA “ESQUERDA”EVANGÉLICA EM QUESTÃO

Por Antognoni Misael
Ando devagar porque já tive pressa…
Estamos vivendo uma das mais intensas épocas da história da humanidade. Tudo é rápido demais, instantâneo. Os jornais mostram isso, as metrópoles mostram isso, as mídias mostram isso…
Os historiadores ratificam que estamos numa época plural cuja linearidade dos fatos compreendida outrora, os paradigmas positivistas, marxistas, dentre outros, não suprem a necessidade de se compreender a realidade.
O ser humano se inventa e se reinventa constantemente. Parece estranho, mas, só de pensarmos que a 40 d.C., na cosmopolita Corinto, o hedonismo imperava e a prática homossexual e libidinosa em locais de fácil acesso era constante, e que hoje a “moda” da homossexualidade assusta muitos como algo jamais visto na humanidade, notamos como este espiral da realidade não traz muita coisa de nova. Algumas coisas tendem a se repetir.
Entretanto uma coisa me incomoda: a possibilidade de fragmentação da “esquerda” (no melhor sentido possível) evangélica. Aqui se entenda “esquerda” os grupos, pessoas e comunidades que se opõe (ou se opunham) ao pseudo-evangelho pregado e veiculado pela grande parte da mídia.
O histórico sincretismo religioso do nosso país dão provas de sua existência nos processos de mutação e surgimento de variações esquisitas no meio evangélico. Como falei no início, tudo é rápido demais, instantâneo… Vejamos que enquanto as mais variadas igrejas e teologias neopentecostais se multiplicam e se apresentam a sociedade, a “esquerda” rapidamente e em pronta resposta reformula seu discurso e defende sua fé.
Durante mais de um ano venho escrevendo e me colocado contra o modismo evangélico, a teologia da prosperidade, o mercado Go$pel, as esquisitices, e tanta coisas estranha. Portanto ao ver ao meu redor confesso que me senti dentro de uma militância de subversivos que também pensa (ou pensava) como eu em relação a este leque de coisas que tem adulterado a simplicidade do evangelho de Jesus.
Mas a notícia triste que quero dar-vos é que esta “esquerda” também passa por este mesmo processo de fragmentação.
Não sei se muitos cansaram de bater nos vendilhões da fé, nas denominações neopentecostais, nos ladrões de almas, mas noto que muitos “esquerdistas” começam a procurar caroço de manga em banana e passam a atacar e banalizar algumas divergências muitas vezes irrelevantes que se apresentam no meio cristão que tanto tentam manter-se firme a Verdade.
Temos grupos que se digladiam constantemente. Feridas são feitas todo os dias, outras são reabertas e assim sendo, começamos a perceber que o Ego ainda é algo que Teologia não consegue penetrar. Se quanto antes tínhamos a simples divisão entre calvinistas e arminianos e pensávamos ser algo chato, imagine hoje com os grupos: calvinistas, neocalvinistas, calvinistas ortodoxos, calvinistas-liberais, hiper-calvinistas, puritanos, neo-puritanos, desigrejados, arminianos, arminianos moderados, “desnomeados”, e por aí vai…
Quero deixar claro que de hoje em diante não pretendo me rotular enquanto estereótipo de cristão. Não quero confundir mais ainda esta fragmentação (embora para alguns acabe confundindo). Apenas quero viver como Jesus viveu. Quero pedir a Deus forças pra isso. Quero apenas ser o que a palavra “Cristão” verdadeiramente quer dizer.
Mas algo diante disso tudo me deixa feliz. Enquanto muitos se atacam e discutem questões como igreja, denominação, dízimo, fazendo de suas diferenças a honra de uma guerra santa, outros mesmo em divergências superam-nas e no amor de Cristo caminham lado a lado dialogando de forma moderada e com sabedoria.
Só sei que não estou com pressa nenhuma em ver tanta gente se dividindo por causa de uma liturgia de culto, água de batismo, dízimo ou coisa assim…
***
Antognoni Misael é o editor do Arte de Chocar e co-editor do Púlpito Cristão.
Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O Gado Evangélico de Silas Malafaia


O gado evangélico de Silas Malafaia




Silas Malafaia conta em entrevista ao IG como manipula o voto evangélico. Quem tiver o mínimo de discernimento irá perceber que ele praticamente diz que a massa evangélica come capim na mão dele. Tem gente com saudade do bezerro de ouro!



iG: Como o sr. analisa o seu envolvimento com a política?

Silas Malafaia: A vida é resultado do que construímos ao longo do tempo. A gente se posiciona e corre riscos, põe a cara para bater. O povo evangélico vem amadurecendo. Estou há muito tempo na mídia, e conquistei credibilidade com os evangélicos. Uma parte acata e considera o que eu digo.

iG: O sr. gosta de participar dessa embate, não é?

Silas Malafaia: Gooosto! Eu nunca vou ser candidato a nada, pode anotar aí! Nada, nada, nada! Agora, tenho a convicção, aquilo que sou, como pastor, como um dos líderes de um segmento, acredito que fui levantado para influenciar. Então, vou influenciar o máximo que puder. Ser (político), nunca, mas influenciar, sempre!

iG: Quantos candidatos o sr. apoiou nessas eleições?

Silas Malafaia: Apoiei 18 caras a vereador, 16 foram eleitos. Em Porto Alegre, quando cheguei para apoiar (José) Fortunati (prefeito eleito), estava empate técnico com a Manuela Dávila. Dei uma força, lá em Porto Alegre tem muito evangélico. Ele pediu: ‘Grava aqui para o TRE.’ Fiz um áudio e pus na porta da igreja. Não digo que ganhei mas ajudei a ganhar. O Ratinho Jr., conheço o pai dele, que me pediu ajuda. ‘Dá uma palavra para os evangélicos’. Em São Paulo, entrei aos 45 minutos, no dia 1º. Segunda de manhça, Serra me ligou para agradecer. Hoje (terça-feira, 9) estive com ele.

No Rio, apoiei 25 candidatos a prefeito. Cinco perderam, 18 foram eleitos, e dois estão no segundo turno. Podia ter apoiado 200 caras que vieram encher meu saco. Mas política é muito desgastante, ao botar minha cara, para muita gente, corro muito risco. Se um cara desses faz besteira, acabo chamuscado. Falei muito 'não'.

iG: O sr. considera que os evangélicos devem participar de forma ativa, como grupo político?

Silas Malafaia: Como os evangélicos começaram a ser um segmento importante, o pessoal entende o seguinte: se ateu, marxista, filósofo, operário pode dar opinião, por que não posso dar? Falam tanto que somos fundamentalistas, retrógrados... O que não posso dizer é que a igreja apoia (determinado candidato). Isso não digo. Não suporto negócio de que a igreja apoia! Sou eu, que sou cidadão que apoio. Temos de nos fazer representar. Na Bíblia, Jesus não anulou a cidadania terrena.


iG: E como é que o sr. pede voto para os candidatos?

Silas Malafaia: Falo em tudo o que é lugar: ‘Você é livre para votar em quem quiser. Não tem anjo contratado pelo pastor para fiscalizar e dedurar em quem votou.’ Quando digo isso, estou respeitando o direito da pessoa, dona do voto. Ganho muito mais do que se dissesse: ‘Vote aqui!’ Digo: ‘Se não tem candidato, tenho Alexandre Izquierdo (vereador eleito, com 33.. Mas o voto é seu e vote em quem quiser. Não é ostensivo, mas muito pontual. Se encher o saco, fizer apelo espiritual... Não digo: ‘Este é o candidato de Deus, o resto é do diabo!’

iG: Em muitas igrejas, como a Universal, o pedido de voto é explícito. O sr. faz isso também?

Ele pensa que manda no seu voto. Algum dos dois é louco.
Silas Malafaia: A Universal já teve sete deputados estaduais (no Rio), cinco federais e quatro vereadores. Agora elegeu três vereadores. O caso do Bispo Rodrigues (deputado federal cassado, ex-líder político nacional da Universal, condenado no Mensalão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro) foi uma paulada violenta. Mas tem a questão da maneira ostensiva de pedir voto. O mais difícil não é fazer o povo acreditar, é fazê-lo se manter acreditando é a história. Pode-se manipular as pessoas por um tempo, mas não o tempo todo. Eu explico para as pessoas que podem votar em um e eleger outro. ‘Se você vota em alguém sem chance elege o outro (devido ao quociente eleitoral, número mínimo de votos de uma coligação para eleger cada vereador ou deputado). Ensino como funciona o voto majoritário. A maneira didática ajuda muito mais que impor (voto).

iG: Quem é Alexandre Izquierdo, vereador eleito no Rio com seu apoio?

Silas Malafaia: Ele foi líder da Juventude da igreja, é obreiro. É muito preparado intelectualmente. Aí, perguntei a ele: ‘Quer ser pastor ou político?’ Ele disse: ‘Tenho vontade de alcançar posições na política’. Aí decidi: ‘Vou investir nele! E falei (para os fiéis): ‘Se não tem candidato, tenho Alexandre Izquierdo. Mas o voto é seu, vote em quem quiser.

iG: O sr. acha que ainda há preconceito contra a participação de evangélicos na política?

Silas Malafaia: Tem muito preconceito contra os evangélicos. Acham que evangélico é seminanalfabeto, primário, babaca, tapado, idiota. Nego esta por fora! Na minha igreja, tem desembargadores, devo ter pelo menos 14 caras com doutorado ou cursando doutorado. Claro que eu tenho gente pobre na igreja, porque é o estrato social! Eu lancei um desafio para a garotada: o primeiro que passar para Harvard (uma das melhores universidades do mundo) a igreja banca todo o curso. Para motivar!

Essa ideia de que evangélico é babaca, semianalfabeto, tapado, idiota, eu até fico rindo! É o estrato da sociedade. Mas a igreja tem classe média. Hoje em dia pensar: ‘Ah, é bobinho, é curral de pastor!’ Vai lá! Vai nessa! Não tenho nada contra, mas vou te dar um número: se o povo da Universal fosse curral deles, eles elegeriam oito vereadores. Curral é o escambau! Se a Universal fosse curral, seriam oito vereadores (no Rio), não três!

Acham que os evangélicos são um bando de bobos, otários. Nego está por fora! Depois do advento da internet não tem mais bobo. O segmento social que mais usa a internet e as redes sociais são os evangélicos.

iG: O sr. também já apoiou deputados federais eleitos.


Silas Malafaia: Botei a minha cara para três caboclos, que foram eleitos federais. Ajudei a eleger três deputados federais do Rio. O Neilson Mulim (candidato a prefeito no segundo turno em São Gonçalo), Filipe Pereira, filho do pastor Everaldo Pereira, que foi o mais forte, que mais botei a cara, e o outro de Duque de Caxias, da Igreja Metodista, que teve 28 mil votos (Áureo Lídio Ribeiro)... Esqueci o nome dele, sou ruim de nome! E o Filipe, com todo o respeito, se eu não boto a cara... Nenhum dos três é da minha igreja. São evangélicos, mas não são da minha igreja. Não precisa ser da minha igreja, não. Só meu irmão (Samuel Malafaia, deputado estadual no Rio, pelo PSD) é.

iG: De que maneira o sr. faz propaganda para eles?

Silas Malafaia: Tenho uma mala-direta de pessoas que compram comigo materiais, muito poderosa! É gente que compra materiais meus. E essa mala é muito, muito muito poderosa. Tenho 180 mil nomes no Estado, sendo 60 mil na capital. Tanto é que meu irmão – e nós botamos no programa de computador – teve votação em cidades onde não botou o pé, nem lá foi. Aí você olha na minha mala direta e tem gente lá. Teve 135 mil votos.

iG: Foi o terceiro mais votado, só atrás de Wagner Montes (528.628 votos, a maior votação do País) e do Marcelo Freixo (em 2010, o agora candidato derrotado à Prefeitura do Rio teve 177.253 votos para deputado estadual)?
Silas Malafaia: É, atrás de dois caras que... pelo amor de Deus! Um com a máquina da televisão (Montes) e outro com a imprensa dando corda para ele (Freixo). Aí não teve jeito! Não tem isso de ser mais votado. Eu quero, sim, que o cara que eu apoie para deputado não entre na rabeira, que entre. Se está entrando no meio ou na cabeça, quero que entre!

iG: E o que o senhor espera desses candidatos, uma vez eleitos?

Silas Malafaia: Espero que, primeiro, aprendam que estão lá não porque foram colocados para defender interesses dos evangélicos. Estão lá para cumprir um princípio do que acreditam da Bíblia, pela justiça social, para abençoar o necessitado. Não ser a favor de lei que prejudique os mais humildes, eles sabem disso, não são malucos! Segundo ponto é honrar o nome de quem lhes emprestou o nome, que sou eu. Eu digo para eles: ‘Amigão, não pisa (na bola) não, que se pisar, quem vai dar com o sarrafo, sou eu!’

iG: E se eles fizerem algo errado?

Silas Malafaia: Eles sabem que quem vai dar o primeiro sarrafo neles sou eu! Meu nome não está à venda, por ninguém, meu irmão inclusive, meu nome não está à venda para ninguém! A Bíblia já dizia que mais vale o bom nome do que muitas riquezas. Então se um cara desses fizer besteira, vou sacudir em cima dele.

iG: Já teve algum caso desse gênero?

Silas Malafaia: Graças ao bom Deus, não, espero que não tenha! Porque se tiver, meu filho, eu não vou ter pena, eles me conhecem e sabem que sou capaz de fazer mesmo. Eu vou queimar meu nome porque nego está fazendo besteira? Eu não! Eu largo o aço em cima deles! Mas não vou ter pena e estão avisados. Vou queimar (o político)! Largo o aço em cima!

Malafaia, o funicador.
iG: Como assim, larga o aço???

Silas Malafaia: É, eu meto o pau! Digo aí: ‘Não vota mais não!’ Vou botar para quebrar em cima! Iss aí não tem dúvida nenhuma, amigo! Não tem moleza!

iG: E que contrapartida o sr. pede a eles?

Silas Malafaia: Peço que representem o povo que deu o voto a eles, a honra e o nome. Amigo, nem na época que podia empregar parente... nunca pedi para nomear ninguém. E eu tenho uma família grande para caramba, irmão. Nunca pedi nada, não quero saber disso, negócio de nomear parente. Na verdade, na época da eleição, o prefeito ou governador, bajulam todo mundo para ganhar. Quando são eleitos, durante os quatro anos, essa aqui é que é a verdade, amigo: “Quem é esse cara aí? Elegeu quem?” Então, para eles te atenderem, você tem de mostrar que você tem força política! Senão é mais um no bolo! E aí, o que acontece?

Você elege cara com boa votação, quando vier coisa de molecagem contra os nossos princípios, a gente tem voz para pressionar. É esse que é o jogo. Isso é o que eu faço. Não tem conversa: “Vai fazer essa lei aí? Vai? Então vai ver se vai ter o meu apoio!” Você vê, tanta coisa foi freada aí, em âmbito federal e tudo, por medo de nossa comunidade. Porque sabem que vamos abrir a boca. Essa é que é a verdade, nua e crua.

iG: O sr. tem contato direto com prefeitos e governadores.

Silas Malafaia: Ah, tenho! O Eduardo (Paes) me ligou hoje cedinho. Eu estava me preparando para ir para São Paulo, o telefone tocou. Eu disse: ‘Vou ligar para esse cara terça ou quarta-feira. Muita gente liga para dar parab[ens, tal e coisa. Aí hoje ele se antecipou. Me ligou cedinho. Eu tinha ligado o telefone. ‘Oi, aqui é o Eduardo, quero agradecer seu apoio. Conte comigo!’ O Eduardo é simples. Espero que não seja mordido por mosca azul, não fique besta... É um cara muito legal. Eu gosto muito dele.




iG: E com o Serra, como foi a conversa?

Silas Malafaia: Eu acho que a chance está com ele. O Mensalão vai ter um peso para o PT, vai bater na porta deles. De algum jeito... A classe média não atura isso não. Não dá para dar Bolsa Família para todo mundo, não. Não dá para comprar todo mundo com comida, não.

iG: Como será seu apoio a ele?

Silas Malafaia: Disse para o Serra hoje. Falei: “Serra, todo mundo já sabe que eu te apoio. Não precisa fazer nada ostensivo. Não osto de nada ostensivo, para ser honesto. Sou mais um dentre tantos, seja católico, evangélico. Eu quero isso, não quero que ache que sou o máximo, sou mais um entre tantos.

iG: Vai gravar vídeo de apoio para ele na TV?

Silas Malafaia: Não, eu acho que não precisa, para te ser honesto. Eu disse ao Serra hoje (9): ‘Todo mundo já sabe que eu te apoio. Não precisa de nada ostensivo. Eu não gosto de nada ostensivo.' Sou mais um entre tantos, católicos, evangélicos. Eu quero isso! Não acho que sou o máximo, sou mais um entre tantos, não preciso de tanta firula, não. Acho que não precisa gravar (programa na TV), para ser honesto. (Nesta quinta-feira, 11, ele publicou vídeo contra o adversário de Serra, Fernando Haddad) Quando fica muito acintoso não é bom. Sabe: ‘Você é candidato de todos, sabe?’ Eu não acho que seja necessário gravar. O povo em São Paulo é muito maduro, esta percebendo todo esse jogo.




Fonte:
http://www.genizahvirtual.com/2012/10/o-gado-evangelico-de-silas-malafaia.html

Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

Seguidores