Os Evangélicos e a Revolução Moral Gay
Por Albert Mohler Jr.
A igreja cristã tem enfrentado muitos desafios na sua história de 2000 anos. Mas agora está enfrentando um desafio que sacode seus alicerces: o homossexualismo.Para muitos observadores, isso parece estranho e até mesmo trágico. Por que os cristãos não podem simplesmente unir-se à revolução?
E não se enganem, é uma revolução moral. Como o filósofo Kwame Anthony Appiah da Universidade de Princeton demonstrou em seu recente livro, "The Honor Code" (O Código de Honra), as revoluções morais geralmente permanecem por longos períodos. Mas isso é difícil de acontecer com o que temos testemunhado na questão do homossexualismo.
Em menos de uma simples geração, o homossexualismo passou de uma coisa que era quase universalmente entendida como pecado, para outra que está sendo declarada equivalente à moral da heterossexualidade — e merece tanto a proteção legal quanto o encorajamento público. Theo Hobson, um teólogo britânico, argumenta que isto não é exatamente o enfraquecimento de um tabu. Pelo contrário, é uma inversão moral que acusa aqueles que defendem a antiga moralidade de nada menos que "deficiência moral".
As igrejas e denominações liberais facilmente escaparam dessa situação desagradável. Simplesmente se acomodaram à nova realidade moral. Agora o padrão está estabelecido. Essas igrejas discutem o assunto com os conservadores argumentando que mantêm a antiga moral e os liberais defendendo que a igreja deve se adaptar ao que é novo. Finalmente, os liberais ganharam e os conservadores perderam. A seguir, a denominação consagra abertamente os candidatos gays ou decide abençoar as uniões entre pessoas do mesmo sexo.
Esse é um caminho pelo qual os cristãos evangélicos comprometidos com toda a autoridade da Bíblia não podem tomar. Uma vez que cremos que a Bíblia é a palavra de Deus revelada, não podemos nos acomodar com essa nova moralidade. Não podemos fazer de conta que não sabemos o que a Bíblia ensina explicitamente, que todos os atos homossexuais constituem pecado, o que acontece em todo o comportamento sexual humano fora da aliança do casamento. Cremos que Deus revelou um padrão para a sexualidade humana que além de apontar para o caminho da santidade, também indica a verdadeira felicidade.
Portanto não podemos aceitar os sedutores argumentos que as igrejas liberais adotaram tão rapidamente. O fato de que o casamento entre pessoas do mesmo sexo agora é uma realidade legal em diversos estados significa que devemos futuramente estipular que seguimos as Escrituras para definir o casamento como a união de um homem e uma mulher — e nada mais.
Fazemos isso sabedores de que antes, em nossa sociedade, muitos partilhavam das mesmas pressuposições morais, mas agora um novo mundo está surgindo rapidamente. Não precisamos ler as pesquisas e as avaliações, tudo o que temos de fazer é conversar com os nossos vizinhos ou assistir a entrevistas culturais.
Nesta situação cultural muito desagradável, os evangélicos devem se declarar dolorosamente explícitos de que não falamos sobre o pecado da homossexualidade como se nós não tivéssemos pecado. Na verdade, é exatamente porque nos reconhecemos pecadores e sabemos da necessidade de um salvador é que viemos a crer em Jesus Cristo. Nosso maior temor não é que a homossexualidade seja normatizada e aceita, mas que os homossexuais não reconheçam sua própria necessidade de Cristo e do perdão dos seus pecados.
Esta não é uma preocupação que seja facilmente expressa aos poucos. É no que verdadeiramente acreditamos.
Ficou abundantemente esclarecido que os evangélicos falharam de tantas maneiras na solução deste desafio. Temos com freqüência falado sobre a homossexualidade de maneira crua e simplista. Falhamos em reconhecer que a sexualidade define claramente que somos seres humanos. Falhamos em reconhecer o desafio da homossexualidade como questão evangélica. Somos aqueles, afinal, que supomos saber que o Evangelho de Jesus Cristo é o único remédio para o pecado, a começar do nosso próprio.
Minha esperança é que os evangélicos estejam agora prontos para assumir este desafio de uma maneira nova e significativa. Realmente não temos escolha, pois estamos falando de nossos próprios irmãos e irmãs, nossos próprios amigos e vizinhos, ou talvez os jovens nos bancos ao lado.
Não podemos escapar do fato de que estamos vivendo no meio de uma revolução moral. Entretanto, não é apenas o mundo que nos rodeia que está sendo testado, mas também a igreja cristã. Precisamos descobrir quanto cremos no Evangelho que tão impetuosamente pregamos.
- Dr. Albert Mohler é o presidente do Southern Baptist Theological Seminary, pertencente à Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos; é pastor, professor, teólogo, autor e conferencista internacional, reconhecido pela revista Times como um dos principais líderes entre o povo evangélico norte-americano. É casado com Mary e tem dois filhos, Katie e Christopher.
Traduzido por: Yolanda Mirdsa Krievin
Traduzido do original em inglês: Evangelicals and the Gay moral Revolution.
Publicado originalmente no site: www.albertmohler.com
Fonte: [ Blog Fiel ]
Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!
4 comentários:
"Ficou abundantemente esclarecido que os evangélicos falharam de tantas maneiras na solução deste desafio."
Sabe porque? Porque não se muda uma pessoa que nasceu assim, esta mudança depende única e exclusivamente da vontade de Deus e não de pastores, igrejas ou até mesmo dos homos!
"Minha esperança é que os evangélicos estejam agora prontos para assumir este desafio de uma maneira nova e significativa."
Esta também é ,minha esperança! e como fazer isto? ACEITANDO! Pois, a meu ver a salvação independe da orientação sexual.
Falar que homossexualidade é pecado, é fácil! ELES NÃO HERDARÃO O REINO DOS CÉUS!!!
Porque será que o céu foi feito somente para promiscuos (falo de heteros), adúlteros, maldizentes, manipuladores, ladrões, corruptos, e até para PASTORES? e só os homos não podem fazer parte desta igreja corrupta que vemos hoje? Não consigo entender porque.
Existe uma grande diferença entre interpretar a bíblia e a praticar, o que muitos entendem por sodomitas ou efeminados variam de acordo com a definição sexual de cada um, esse é o problema.
O problema não é este! O problema é que nos preocupamos em julgar, apontar, condenar, etc, etc... esquecendo de olhar nossas vidas e levar a msg de AMOR e GRAÇA que Cristo nos trouxe. Quando passarmos a olhar para nossas vidas e ver que entre héteros e homos não há a menor diferença, estaremos mais próximos de pregar a msg e o evangelho de Cristo.
Queridos, os pontos teóricos até aqui estão lindos. Agora só nos falta uma coisa: dar vasão as escrituras, se ela diz que homossexualidade é pecado,é pecado! assim como é pecado mentir, roubar, odiar, matar, imaginar o que não deve(lascívia).
Devemos compreender aqui também que a igreja de Cristo não é a que os nossos olhos naturais podem contemplar, e dessa igreja o homossexual só fará parte se crer no sangue do cordeiro e abandonar a sua prática de pecado, mesmo que passe a vida inteira caindo diante do seu erro, mas agora dizer que ele pode vir e permanecer do jeito que está é uma grave conivência com a profanação. Venha sempre como estas, mas se a graça te envolver será impossível permanecer no erro!
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