quarta-feira, 20 de abril de 2011

O Mercado das Vaidades!


O mercado das vaidades

Estudo Bíblico do Pr. Eurico C. G. da Costa sobre "O mercado das vaidades".
O mercado das vaidades
Eclesiastes 1.1,2
Quantas pessoas já tiveram a impressão de que nadaram, nadaram, nadaram e morreram na praia, como diz um ditado popular? Quantos parecem que correram atrás do vento? Quantos investiram tempo, saúde, alegrias, dinheiro e ao final concluíram que de quase nada valeram seus esforços? Quantos já não chegaram um dia a conclusão de que sua vida foi ou ainda é um somatório de inutilidades descabidas?
Talvez nos venha à mente neste instante o nosso velho homem pecador de antes da conversão ou quem sabe aquele vizinho ou parente obstinado e incrédulo que conhecemos. Entretanto, gostaria que refletíssemos em nós mesmos, com nossa teologia bem montada e com nossos vícios eclesiásticos de membros de Igreja. Não vai adiantar muita coisa se ficarmos olhando para o quintal dos outros, pois esta palavra tem a ver com você e comigo.
Possivelmente o Rei Salomão foi o autor deste livro. Estudiosos, em sua maioria, concordam que ele tenha escrito Eclesiastes em sua velhice, mergulhado em idolatria e desiludido com um estilo de vida extravagante e materialista. Salomão registra suas reflexões negativas a respeito da futilidade de buscar felicidade nesta vida, à parte de Deus e da Sua Palavra. O incrível é que até hoje muitas pessoas também tentam fazer a mesma coisa que Salomão, tentar viver debaixo das vaidades deste mundo.
Sem dúvida alguma este livro é de grande valia para a Igreja contemporânea. Em um tempo de frenética busca a felicidade, Eclesiastes vem como um alerta vermelho àqueles que desejam fazer do cristianismo um trampolim para a concretização de seus desejos mais carnais. Todavia, Deus é bom e sua misericórdia dura para sempre. Esta é a oportunidade de refutarmos definitivamente de nossos corações a praga de um evangelho superficial e mundano que vem sutilmente maculando a noiva de Cristo, Sua Igreja.
Não queira se esconder dos fatos. Existe um mercado de vaidades bem próximo de você. Ele pode estar no seu trabalho, na sua escola, no comercio popular ou no shopping, ou pior, dentro de sua própria casa, diante de toda sua família neste momento. As ofertas são tentadoras, uma pechincha, tão barato que nem analisamos direito o rótulo. Sabe de uma coisa, nem adianta olhar o rótulo, os produtos deste mercado não prestam, estão todos estragados, lixo, um monte de imundice.
Ao lermos Eclesiastes nos deparamos com algumas vaidades humanas que nos deixam incomodados com o reflexo de nós mesmos. Nossa natureza de pecado anseia por estas vaidades, somos famintos destes produtos. Neste livro a vaidade tem significado de “coisas vãs”, “futilidades”, “vacuidade”, coisa sem nenhum tipo de valor, como um ídolo inútil e falso. São estas vaidades que fazem parte do mercado diabólico e humanista que devemos ficar atentos.
Estaremos vendo apenas algumas vaidades dispostas neste mercado. Em Eclesiastes 2.1 encontramos: “Disse eu no meu coração: Ora vem, eu te provarei com alegria; portanto goza o prazer; mas eis que também isso era vaidade”. Quantas vezes buscamos os prazeres deste mundo? E não estou me referindo apenas ao prazer sexual. O texto mais adiante fala sobre o conforto de uma boa casa com pomares de frutas e jardins. A vaidade do status social e do poder que isto representa mesmo adquirido de forma honesta.
Não é pecado ter conforto, mas quando isto se torna um ídolo, algo imprescindível para a felicidade, o homem se engrandece e Deus se torna apenas um objeto na realização de seus desejos. Salomão experimentou todos os prazeres deste mundo, mas nenhum deles preencheu o vazio de sua alma. Será que estamos fazendo o mesmo com a nossa teologia do dinheiro no bolso, do carro na garagem, do status de um homem ou mulher que venceu na vida com seus próprios méritos?
Vaidade louca que nega a Cristo. Futilidade humana que perece ao rasgar o evangelho da renuncia. Onde estão aqueles que morreram para o mundo? Pelo contrário, o desejo de alguns é que Jesus nunca volte para não ter que perder aquilo que conquistaram com tanto trabalho. Esta é a miséria de um deus menor, que de senhor se tornou servo para o desfrute dos prazeres de alguns neste mundo. Será que você esta buscando no mercado das vaidades os prazeres para este mundo? A Bíblia diz: “Deleita-te também no SENHOR, e te concederá os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia nele, e ele o fará.” (Salmos 37.4,5).
Mas o mercado das vaidades oferece outros produtos de igual valor destrutivo. Em 1 João 2.16 diz: “Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo”. Os desejos provenientes do homem é concupiscência da carne e a soberba da vida faz encher o coração do homem de orgulho. Somos mortais, o pecado nos deu seu salário que é a morte. Alguns trilham a caminhada da vida como se nunca fossem experimentar a morte, mas todos nós haveremos de enfrentá-la até a volta de Cristo. O que é mais importante a morte ou a vida? Em Mateus 10.39 diz: “Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á.”
Neste mercado o homem soberbo acha que é insubstituível. Todos devem reverenciá-lo devido a sua grande importância neste mundo ou na Igreja. Mas Salomão escreve: “Todos vão para um lugar; todos foram feitos do pó, e todos voltarão ao pó” (Eclesiastes 3.20). Somos pó, nossa vida só é especial em Deus. Devemos nos curvar aos Seus propósitos e entregarmos a Ele os sucessos que obtivemos nesta vida. Em Eclesiastes 7.20 diz: “Na verdade que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque”. É chegado o tempo de pararmos com o auto-endeusamento e com a idolatria de líderes falíveis e finitos que como nós hão de experimentar a morte e o julgamento de Cristo.
As gôndolas do mercado das vaidades estão repletas de produtos perecíveis. O egoísmo enche o coração de vazio. Em um mundo egocêntrico, primeiro lugar eu e os outros que dêem seu jeito. Umas das grandes mazelas da sociedade moderna é o “narcisismo”. Em Eclesiastes 4.8 diz: “Há um que é só, e não tem ninguém, nem tampouco filho nem irmão; e, contudo não cessa do seu trabalho, e também seus olhos não se satisfazem com riqueza; nem diz: Para quem trabalho eu, privando a minha alma do bem? Também isto é vaidade e enfadonha ocupação.” Não há coisa pior que uma pessoa que somente vê o seu umbigo. As pessoas têm que servi-lo. Tudo gira ao seu redor. Ele não pode ser contrariado, pois seu pensamento é inquestionável. A verdade é que para ele todos os outros são apenas degraus para o seu sucesso.
Como um pecado sozinho não é muito o mercado das vaidades oferece variedades para que o apetite carnal nunca seja saciado. Com o orgulho instaurado na vida do soberbo, a ganância é um prato atraente aos olhos. Em Eclesiastes 5.10 diz: “Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade.” Quantos amantes do dinheiro têm em uma sociedade capitalista? Mesmo o mais pobre do ganancioso acha no dinheiro a resposta para a sua felicidade. A cobiça é o estado deprimente da alma egoísta. Quantos trabalham desesperadamente acreditando que o dinheiro trará paz. Alguns evangélicos estão se deixando levar pelas belas propagandas do mercado das vaidades. Mamom é um deus cruel, quando menos se espera ele pede sua parte da herança, e esta parte é toda.
Gostaria de concluir que o mercado das vaidades está aberto 24 horas por dia. Nele podemos conseguir tudo aquilo que uma alma sem Cristo pode ter. As vaidades deste mundo são bem maiores que estas abordadas neste estudo, mas podemos imaginar o quão horrendo é o porão deste mercado. A vista as coisas são aparentemente boas, no entanto, tudo não passa de armadilha para escravizar o homem em seus próprios desejos maus. Não podemos fechar este mercado diabólico, mas podemos dizer não aos seus apelos de consumo. Em Eclesiastes 12.13,14 diz: “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.” Que nossa vida faça algum sentido em Cristo.
Pr. Eurico C. G. da Costa
Fonte: Faz Chover
Que O SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

3 comentários:

Rev. Welfany Nolasco Rodrigues disse...

Texto muito interessante. Realmente este mercado existe e passamos por suas promoções todos os dias.
A Graça de Deus não pode ser desvalorizada por que custou mais caro que qualquer coisa, foi o preço do sangue de Jesus.

Irismar Oliveira disse...

O mercado existe porque tem quem busque comprar,essa frase é muito verdadeira: mercado das vaidades oferece variedades para que o apetite carnal nunca seja saciado.

Amigo te desejo uma boa noite

Paulo Fernando de Lucena disse...

mt bom o texto, mas já está ficando falar sempre as mesmas coisas... acredito que a muito o que se falar menos que se criticar. Deus o abençoe amado.

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